Desporto

Mistérios indecifráveis

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Foto: DR

Uma vaca em cima de um telhado, uma bicicleta dentro do tronco de uma árvore, uma carrinha “suspensa” em cabos de alta tensão e o Sporting em primeiro lugar no campeonato – tudo coisas que ninguém sabe como foram lá parar!

Fora de brincadeiras – nem os 100 milhões desembolsados pelo Benfica para construir a “dream team” de Jorge Jesus foram suficientes para evitar uma surpreendente derrota no Estádio do Bessa, por 3-0. Um Benfica irreconhecível, sem ideias, incapaz de se fazer notar, quanto mais de dar a volta ao resultado.

Por outro lado, o Boavista foi exímio, muito próximo da perfeição até, conseguindo assim o seu primeiro triunfo da época.  Aos 18’, e já depois de Darwin Núñez ter visto um tento anulado por estar em posição irregular, Angel Gomes foi chamado a cobrar a grande penalidade que sofreu: não desperdiçou e desbloqueou o marcador.

Esta seria mesmo a noite do atleta inglês: para além do primeiro golo e das notas de qualidade que foi demonstrando ao longo de toda a partida, ainda viria a assistir Elis, com um toque brilhante, aos 38’. Estava feito o 2-0 e o buraco em que o Benfica se estava a “enterrar” estava cada vez mais fundo… Pizzi ainda marcou aos 44’, mas também ele estava em posição irregular. Aos 76’, Hamache fechou as contas com um remate que só parou no fundo das redes de Vlachodimos. Xeque-mate.

Mas não nos ficamos por aqui no que diz respeito a surpresas: é que também o F.C.Porto perdeu, em Paços de Ferreira. A muito competente e surpreendente exibição pacense contrastou com o desnorteio portista, numa partida que contou com a sua dose de lances polémicos.

O primeiro “cair de queixo” aconteceu aos 11 minutos: Luther tentou o remate, mas Corona cortou, deixando a bola à mercê de Dor Jan, que ainda que com oposição de Diogo Leite, atirou a contar.

As 37’, Hélder cruza, Dor Jan não consegue chegar à bola mas estava lá Luther Singh, que foi quem finalizou. No entanto, após análise do VAR, o golo acabou anulado por falta do ponta de lança. Uma decisão que deixou os nervos à flor da pele no banco pacense – tanto que Pepa e o seu adjunto receberam ordem de expulsão.

Nada que tivesse, no entanto, abalado a força do Paços: aos 43’, Hélder fez um passe atrasado para a entrada da área e Eustáquio atirou, sem hipótese para o guardião portista.

Ainda antes do intervalo o árbitro assinalou grande penalidade a favor da equipa de Sérgio Conceição, por mão na bola de Eustáquio. Mais uma vez, os protestos fizeram-se ouvir por parte dos anfitriões. Foi Sérgio Oliveira quem cobrou e fez o 2-1.

No reatamento, e quando se esperava uma reviravolta na história do jogo, foi exatamente o contrário que aconteceu: Nuno Almeida voltou a assinalar penálti, desta vez favorável ao Paços por mão na bola de Marega. Bruno Costa fez o 3-1, mas não festejou por “respeito” à sua antiga equipa. Cá para nós, nunca se sabe o dia de amanhã…

Os azuis e brancos ainda reduziram a desvantagem, por intermédio de Otávio, mas não conseguiram evitar a derrota. Sérgio Conceição pediu satisfações à equipa de arbitragem… e foi presenteado com uma expulsão.

O Farense pontuou, mas continua sem conseguir vencer – e, desta vez, pode “agradecer” a Lucca por isso. Numa altura em que os algarvios estavam em vantagem graças a uma grande penalidade cobrada com êxito por Ryan Gauld (69’), o brasileiro teve nos pés a oportunidade de dilatar a vantagem na cobrança de um novo penálti, mas quis fazer mais do que o que sabe, bateu à Panenka e enviou a bola à trave. Já ao cair do pano o Belenenses chegou ao empate, com um golo de Bruno Edgar aos 90+8’.

Já o Rio Ave impôs-se ao Moreirense, vencendo por 2-0, com um bis de Lucas Piázon (14’ e 83’). O emblema de Vila do Conde é sétimo, com nove pontos, enquanto que o Moreirense está no nono lugar, com oito.

Ainda que com futebol bom de se assistir e com oportunidades para ambos os lados, o dérbi das ilhas acabou empatado e sem golos, deixando Marítimo e Nacional com os mesmos sete pontos, em 11.º e 10.º lugar, respetivamente.

O Portimonense – Santa Clara e o Gil Vicente – Vitória SC terminaram com o mesmo resultado e com a vitória dos visitantes (1-2). Em Portimão foram os açorianos quem inaugurou o marcador (Fábio Cardoso aos 37’). Thiago Santana dilatou a vantagem aos  57’ (já é o melhor marcador da I Liga) e os algarvios apenas conseguiram reduzir a desvantagem, com um golo de Aylton Boa Morte aos 66’.

Mais acima, em Barcelos, o filme foi ligeiramente diferente: mais uma vez foram os visitantes os primeiros a marcar (Bruno Duarte, 23’), mas os “galos” ainda conseguiram chegar ao empate já na segunda parte e numa altura em que construíram diversas oportunidades de virar o resultado – no entanto, falhou a finalização. Ao cair do pano, Rochinha disparou cruzado e deu a vitória… ao Vitória.

Lá perto, em Braga, os arsenalistas bateram os “vizinhos” famalicenses por 1-0 e subiram ao pódio, ultrapassando o F.C.Porto. O golo da vitória foi marcado aos 74’, por Bruno Viana, já depois de Riccieli ter sido expulso após uma disputa de bola com Paulinho.

Com tudo isto, e quatro anos depois, o Sporting voltou a meter as garras de fora e assume agora a liderança isolada da I Liga, já que goleou o Tondela (4-0) nesta jornada, com golos de Pote (45’ e 49’), Pedro Porro (79’) e Sporar (90+3’). Num jogo de sentido único, destaque para a grande muralha beirã, de seu nome Pedro Trigueira, que não só evitou uma goleada (ainda) mais expressiva como ainda fez a melhor defesa da jornada, aos 36’, saindo dos postes para evitar o golo de Pedro Gonçalves.

Será desta que o leão volta a ser o rei desta selva?

Inês Barbosa/MS

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