Futebol

Será que o amor ainda é verde?

O que fica desta jornada do principal escalão do futebol? Sobretudo,a (nova) escorregadela sportinguista. Longe vão os tempos em que Jorge Perestrelo enchia o peito para gritar “Eu te amo Sporting!”…

Mas comecemos… pelo início, claro. A equipa de Lito Vidigal foi aos Açores vencer o Santa Clara por 2-1, no jogo que marcou o arranque da 12.ª jornada da I Liga. Neris inaugurou o marcador logo aos dois minutos e Carraça, aos 25’, num remate de longe, fez o 2-0. A equipa da casa viria a reduzir, por César, aos 86’. Esta vitória valeu aos axadrezados a subida ao quinto posto, enquanto que o Santa Clara ocupa o 13.º lugar, com 13 pontos, os mesmos que o Vitória de Setúbal, 14.º. Do encontro entre “Vitórias” só podia sair… empate! Setúbal e Guimarães enfrentaram-se e dividiram os pontos: André Pereira marcou primeiro pelos vitorianos, aos 50’, e Nabil Ghilas, aos 62’, restabeleceu a igualdade. Ninguém se ficou a rir, portanto.

Já o Moreirense recebeu o último classificado, o Aves, e apesar de se ter visto em desvantagem aos 5’, num golo marcado por Mehremic, conseguiu virar o resultado com um bis de Fábio Abreu (28’ e 45+1’), já depois de Cláudio Falcão ter sido expulso com vermelho direto (13’). Após o intervalo, Mohammadi chegou novamente à igualdade (60’, de grande penalidade) mas Steven Vitória, também da linha dos onze metros, conduziu a equipa de Moreira de Cónegos novamente à vantagem. São já 10 as derrotas somadas pela formação de Vila das Aves, que não dá sinais de (pelo menos tão cedo) ter capacidade de abandonar a linha zona de despromoção.

O Benfica chegou ao seu nono triunfo consecutivo com uma goleada sobre o Marítimo. Pizzi (8’), Vinícius (17’ e 55’) e ainda Grolli (autogolo, aos 31’) construíram esta vitória que mantém os encarnados na liderança da Liga NOS.

De regresso a casa após o empate frente ao Leipzig, que ditou o seu afastamento da Liga dos Campeões, a equipa ainda se viu reduzida a 10 jogadores ao minuto 60, após expulsão de Gabriel por acumulação de cartões amarelos. Superioridade encarnada, embora tenha havido um esforço notável dos insulares, nesta que foi a estreia de José Gomes.

Licá, aos 49’, marcou o único golo do encontro entre Tondela e Belenenses. A turma de Natxo González somou assim a segunda derrota consecutiva e ocupa o 10.º lugar, com os mesmos 15 pontos que o Rio Ave – equipa que também saiu derrotada, mas da Pedreira.

Os golos de Paulinho (41’) e de Ricardo Horta (80’), deram a vitória aos Guerreiros do Minho que assim se colocaram a apenas dois pontos do Sporting na tabela classificativa.

O F.C. Porto venceu, no Estádio do Dragão, o Paços de Ferreira por 2-0. Os visitantes, atuais penúltimos classificados, não se intimidaram e até conseguiram ter posse de bola nos instantes iniciais de jogo. No entanto, aos 18’, Loum fez de cabeça o seu primeiro golo pelos azuis e brancos. A superioridade portista foi, a partir daí, crescendo: Marega, aos 35 minutos ainda enviou a bola ao poste. Ricardo Ribeiro foi evitando enquanto pôde o segundo golo dos adversários mas, aos 76’, Zé Luís marcou um verdadeiro golaço. Recebeu de peito e de costas para a baliza um cruzamento de Alex Telles e, num pontapé de bicicleta, atirou a bola para o fundo das redes. A equipa de Sérgio Conceição continua a dois pontos da liderança.

Antes de irmos à grande escorregadela, vamos a um não menos impressionante tropeção. Sabem aqueles namorados/as que prometem, prometem, prometem e depois só desiludem? O Famalicão começa a parecer-se muito com eles/as. Então não é que foram derrotados pelo atual 15º classificado, o Portimonense? Dener inaugurou o marcador aos 33’ e Lucas, aos 73’ e de grande penalidade, fez o segundo golo dos algarvios. A (em tempos) equipa sensação desta edição só conseguiu reduzir no último suspiro, aos 90+3’, por intermédio de Fábio Martins. Esta foi a primeira vitória caseira  da equipa de António Folha nesta competição.

O Sporting não aproveitou o balanço das suas três vitórias consecutivas, sem sofrer qualquer golo (Rosenborg, Belenenses e PSV). Pareceu, pelo contrário, ter gasto todas as fichas nessas partida e foi de mãos a abanar para Barcelos defrontar um clube que, de resto, continua invicto em casa nesta temporada.

Apesar da equipa de Silas ter tido, de facto, mais posse de bola (22% – 78%), não tardou a que todos percebessem que iria ser difícil “furarem” a estratégia (muito) bem montada por Vítor Oliveira que consistia, resumidamente, em esperar pelos erros e partir rapidamente para o contra-ataque. E foi assim mesmo que surgiu o primeiro golo dos gilistas, aos 18’, por Kraev. Os leões não acusaram pressão e, antes mesmo do intervalo, aos 45+4’, Wendel rematou cruzado e fez o 1-1. A esperança e a garra pareciam estar a renascer mas o que se viu após retorno dos balneários foi exatamente o contrário. Sandro Lima cobrou a grande penalidade provocada por Marcos Acuña e colocou os gilistas novamente na frente, tornando claro, desse momento em diante, que nada mais iria correr bem aos leões. Depois de demasiados erros, a machadada final foi dada por Naidji, já passavam nove minutos dos 90’.

Depois desta pobre exibição, com muita falta de organização e, sobretudo, agressividade, o Sporting vê agora o pódio cada vez mais longe.

A continuar assim, o amor dos adeptos leoninos tende a perder mais e mais cor…

Inês Barbosa

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