Futebol

International Champions Cup 2019

A International Champions Cup está de volta. Esta é já a sétima edição desta competição mas se por algum motivo ainda não estiverem familiarizados com a mesma eu faço-vos o obséquio de, em traços largos, explicar em que é que a mesma consiste: vamos pensar nela como o grande “festival de verão” de alguns dos maiores clubes de futebol internacionais.

Este torneio é organizado, desde 2013, pela empresa Relevent Sports, gerida por um dos homens mais influentes no futebol norte-americano: Charlie Stillitano. Quem também pode ser apontado como um dos “culpados” pela criação desta competição é ninguém menos do que José Mourinho. O Special One, na sua chegada ao Chelsea, disse a Stillitano que queria “jogos difíceis na pré-época”. Desejo confessado, desejo cumprido.

O formato do evento é simples: numa tabela única, cada uma das 12 equipas disputará três jogos, sendo que os mesmos serão realizados em diferentes locais da América do Norte, Europa, Singapura e China. A vitória vale três pontos, a vitória por grandes penalidades vale dois pontos, a derrota por grandes penalidades vale um ponto e a derrota… bem, a derrota não vale nada, a não ser de lição!

Agora que já estamos todos esclarecidos vamos ao que já sabemos sobre a edição deste ano:
O pontapé de saída foi dado no Seatgeek Stadium, em Bridgeview, com a Fiorentina a bater o Guadalajara por duas bolas a uma. No dia seguinte o Arsenal venceu o Bayern também por 2-0 – Louis Poznanski (AG) aos 49’, Robert Lewandowski aos 71’ e Eddie Nkethia aos 88’ foram os autores dos tentos.

No sábado (20) jogou-se o Manchester United – Inter de Milão que acabou com a vitória da equipa inglesa, o Arsenal – Fiorentina (3-0, com golos de Eddie Nkethia e Joe Willock) e o Benfica – Guadalajara (3-0).
O encontro da equipa portuguesa com o Club Deportivo Chivas Guadalajara (uma das maiores e mais bem sucedidas equipas da primeira divisão de futebol do México e que foi a primeira a vencer a liga dos campeões da CONCACAF) adivinhava-se intenso e, talvez por isso mesmo, tenhamos visto um Benfica “a apalpar terreno” nos primeiros instantes após o apito inicial no Levi’s Stadium, em Santa Clara, Califórnia.

Apesar disso, o Benfica marcou um golo “madrugador”, aos quatro minutos, numa jogada construída por dois dos reforços desta temporada – Caio Lucas acelerou pelo lado direito e cruzou rasteiro para a fácil finalização de Raúl de Tomás.

A partir daqui, a formação de Lage optou por gerir a vantagem e o jogo viu-se comandado pela equipa mexicana.
Aos 70 minutos foi a vez de Jota caprichar no passe para Rafa, autor do segundo golo e, aos 73 minutos, Seferovic fechou as contas.

Quem não teve descanso foi Vlachodimos – o guarda-redes grego-alemão fez duas boas defesas e ainda teve a “ajuda” do ferro, por três vezes (Ponce aos 50’ e Vega aos 60’ e 90’). Fácil de perceber que houve emoção até ao final da partida!

No domingo (21) foi a vez de Bayern e Real Madrid medirem forças: a vitória (por 3-1) sorriu à equipa de Baviera.
Ainda no mesmo dia, e apesar do português Cristiano ter marcado, a Juventus não conseguiu evitar a derrota frente ao Tottenham, por 2-3, com o golo da vitória inglesa a ser marcado por Harry Kane, já nos descontos (90+3’).

Na quarta-feira, 24 de julho, o Bayern Munique venceu o Milan com um golo de Goretzka aos 45+3’.
Quem também saiu vitorioso foi o Real Madrid frente ao Arsenal, após o empate a duas bolas no final do tempo regulamentar (3-2 AGP). Nota para a lesão de Marco Asensio – o jogador sofreu uma rotura do ligamento cruzado anterior e do menisco externo do joelho direito, lesão que poderá afastar o médio dos relvados entre oito a nove meses, o que condicionará a sua participação na época 2019/2020.

Também o encontro entre o Guadalajara e o Atlético de Madrid teve de ser resolvido através da marcação de grandes penalidades: neste desempate nem sempre justo mas necessário quem levou a melhor foi o Atlético.
Menos sorte para o Inter de Milão que saiu derrotado por 3-4, após grandes penalidades, frente à Juventus de Cristiano Ronaldo. O internacional português foi o autor do golo do empate, depois de De Ligt ter marcado um golo na própria baliza.

Na quinta-feira (25), no Hongkou Stadium, em Shangai, o Manchester United venceu o Tottenham por 2-1. Golos de Lucas Moura (65’), Martial (21’) e Angel Gomes (80’).

No mesmo dia aconteceu mais um jogo das águias de Lage, desta vez frente à Fiorentina, que terminou com mais uma vitória para a equipa portuguesa. Logo aos nove minutos Seferovic inaugurou o marcador, depois da assistência de De Tomás. Passados 20 minutos deu-se o golo do empate, por Vlahovic. Quando já tudo parecia perdido – ou empatado, neste caso – eis que o recém entrado na partida Caio Lucas, num remate forte e certeiro ao cair do pano (90+3’), evitou que a partida fosse para penáltis.

As águias despedem-se da ICC frente ao Milan, no próximo domingo (28).
O Benfica foi, até agora, o único representante português nesta competição – esta é já a sua terceira participação. Para além de não ter quaisquer custos de deslocação (todos a cargo da organização), nos cofres da SAD encarnada vão entrar cerca de três milhões de euros.

Teremos que esperar para ver o que o resto desta competição irá trazer. Estará a sorte (e o saber) do lado da única equipa portuguesa presente neste campeonato das estrelas?

Inês Barbosa

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