Futebol

Copa América 2019: Um vencedor (mais do que) esperado?

Olá, olá!
Hoje venho contar-vos a história da Copa América. Ora então cá vai:

Era uma vez 12 equipas provenientes de diferentes países que se encontraram no Brasil para, entre si, disputarem a Copa América. Apesar de todos quererem erguer a bonita Taça, pairava no ar uma espécie de premonição… Seria o “palco” destes espetáculos uma “dica” para o desfecho da história? Afinal, sempre que foi “país-sede”, o Brasil nunca perdeu uma final… Uns mais crentes que outros, mas todos lá se lançaram no desafio.

Começaram por se dividir em três grupos: o grupo A com o Brasil, a Venezuela, o Peru e a Bolívia. No grupo B estavam a Colômbia, a Argentina, o Paraguai e o Qatar e, finalmente, no grupo C estavam o Uruguai, o Chile o Japão e o Equador.

No início da competição, três dos quatro jogos foram decididos através de marcação de grandes penalidades: o Brasil – Paraguai (4-3), o Colômbia – Chile (4-5) e o Uruguai – Peru (4-5). Apenas o Venezuela – Argentina ficou decidido dentro do tempo regulamentar, com a Argentina a vencer por duas bolas a zero.

Assim, Brasil, Chile, Peru e Argentina seguiram em frente e o Paraguai, a Colômbia, o Uruguai e a Venezuela fizeram as malas para voltarem a casa. Não podem ganhar todos, não é verdade?

Esta história começa a aquecer a partir da próxima etapa: as meias-finais.

Na primeira, o Brasil tinha um duelo marcado com a Argentina. Gabriel Jesus e Roberto Firmino foram as grandes figuras deste jogo realizado no Estádio Mineirão, em Belo Horizonte, cada um deles a apontar um golo e uma assistência.

Apesar de os brasileiros terem sido bastante eficazes e terem saído vitoriosos, encontraram uma Argentina muito forte e com muita vontade de vencer. Valeram as bolas ao ferro de Agüero, aos 30 e aos 57 minutos.
Os albi-celestes tiveram uma clara vantagem ao nível de oportunidades e de remates (14 contra quatro) mas não conseguiram concretizar. Ainda não foi desta que o capitão argentino conseguiu alcançar um título pela sua seleção. Antes, Lionel já havia perdido três finais, duas delas nos pénaltis. O seu descontentamento foi bastante visível, não tendo poupado nas críticas à arbitragem: “Nesta Copa América cansaram-se de ir ao VAR e hoje nada. Oxalá a Conmebol faça alguma coisa, mas não acredito muito nisso, porque o Brasil controla tudo”, disse o avançado.

No embate entre Chile e Peru foi o segundo país que saiu vitorioso, para surpresa de muitos. Apesar do amplo domínio de posse de bola e mais do dobro das finalizações, o Chile não conseguiu ser feliz. A bola teimou em não entrar – mesmo no último lance do jogo, onde Gallese defendeu um pénalti cobrado por Vargas. Parece que alguém se esqueceu de “acender uma velinha”…

Os golos da vitória peruana foram apontados por Flores, Yotún e Guerrero. Com esta vitória, a equipa de Ricardo Gareca garantiu a presença na grande final da Copa América – algo que já não acontecia há 44 anos.
Antes do jogo que iria ditar o grande vencedor desta Copa América era necessário ficar a saber quem ocuparia o último lugar do pódio: Argentina ou Chile?

Na Arena Corinthians, em São Paulo, Sergio Agüero marcou o primeiro golo da tarde, aos 12 minutos. Passados 10 minutos houve novo golo da Argentina, desta vez apontado por Dybala.

Aos 37 minutos, Messi e Medel desentenderam-se após uma disputa de bola – o árbitro paraguaio Mario Diaz acabou por expulsar ambos. O Arena Corinthians pegou fogo, como devem imaginar.

Aos 59 minutos, numa decisão muito criticada, Mario Diaz, após consultar o VAR, assinala pénalti de Lo Celso sobre Aránguiz. Arturo Vidal reduziu assim para os chilenos.

Mais uma partida, mais críticas de Lionel Messi em relação à arbitragem e à organização da Copa América, acusando-a de corrupção e de favorecimentos ao país anfitrião. Estas críticas podem valer-lhe uma suspensão que pode ir até dois anos ou, em caso de pena máxima, podem afastá-lo do apuramento para o Mundial do Qatar, em 2022.

Avançando… eis que chegou o grande dia da final!

No dia 7 de julho de 2019, no Estádio Maracanã, no Rio de Janeiro, Brasil contra Peru.

Os brasileiros chegavam a este encontro sem quaisquer golos sofridos e a desejar matar a sede de títulos, depois de 12 anos de “seca”.

Foram com tanta sede ao pote que acabaram mesmo por abrir o marcador aos 15 minutos por Everton Cebolinha, de primeira. Os brasileiros só se sentiram realmente ameaçados a partir dos 40 minutos, quando Cueva invade a área – Thiago Silva acabaria por desviar o remate com o braço e, recorrendo ao VAR, o árbitro da partida assinalou grande penalidade, convertida por Guerrero.

O Peru quase que “já cantava de galo” por ir para intervalo empatado – eis que, aos 45+3’, Arthur deixa Gabriel Jesus na cara do golo, que bateu cruzado e fez o 2-1. O jogador acabaria por ser expulso na segunda parte por acumulação de amarelos.

Aproveitando este Brasil “desfalcado”, o Peru chegou a assustar Alisson com tentos perigosos de Trauco e Flores. Aos 44 minutos, Everton foi empurrado dentro da grande área por Zambrano – o árbitro recorreu novamente ao VAR e confirmou o pénalti.

Seria Richarlison a cobrar e a comemorar o 3-1 para os canarinhos.

Depois de 24 dias, de 26 jogos disputados e de 60 golos marcados, a Taça da Copa América foi erguida por Dani Alves, também ele eleito como melhor jogador do campeonato sul-americano. Alisson recebeu o prémio de melhor guarda-redes e Everton conquistou o título de melhor marcador, com três golos.

Richarlison, autor do terceiro golo brasileiro, quis dedicar a vitória à bisavó… pena ter-se esquecido do nome dela! Vamos dar-lhe um desconto, dada a emoção!

E assim, o Brasil “sambou na cara dos inimigos”.

Fim!

Inês Barbosa

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