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Em dia de Clássico, ninguém se ficou a rir

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E, na realidade, só poderia ter acabado assim. O jogo foi bem disputado e o empate foi mesmo o resultado mais justo face ao que vimos de ambas as equipas em campo, ainda que o F.C. Porto se tenha apresentado um pouco “a leste” na segunda parte.

Os leões vinham atrás de uma vitória num clássico que já lhes foge há quatro anos: mas o querer não chega. Numa primeira parte – como era expectável – bastante intensa, dragões e leões conseguiram criar vários momentos de tensão junto das áreas. Logo no primeiro minuto, um livre perigoso de Sérgio Oliveira que foi travado por Adán.

Já o primeiro bom lance do Sporting, em género de aviso, surgiu aos 8’, quando Jovane isola Matheus, cujo remate acabou desviado por Marchesín. Daqui até ao golo logo foram… segundos! Mais soltos da pressão portista, os leões iniciaram a jogada num cruzamento de Porro, Mbemba cortou de cabeça, deixando a bola à mercê do atacante leonino Nuno Santos, que, de primeira, disparou um verdadeiro míssil ao segundo poste da baliza de Marchesín.

Nada que tenha desmoralizado a equipa de Sérgio Conceição: as tentativas foram-se acumulando (Corona e Luis Díaz criaram bons lances aos 13’ e aos 22’, respetivamente), com os azuis e brancos a explorarem, sobretudo, a profundidade.

Aos 25’, Uribe, totalmente solto de Coates, marca o golo do empate, após cruzamento perfeito de Zaidu.

Já depois de, aos 37’ e 44’, Pote ter desperdiçado duas boas oportunidades, deu-se a reviravolta no marcador: após canto a favor do Sporting, Luis Díaz ligou o turbo e entrou em duelo com Nuno Mendes na zona do meio-campo. O colombiano acabou por sair vitorioso desta embate, correu para a área e encontrou Corona (o jogador, claro, calma!) que, como já é hábito, foi categórico: driblou Feddal e picou, com muita classe, a bola, fazendo o 1-2.

A partida não iria para intervalo sem um novo momento impróprio para cardíacos: primeiro, Luís Godinho apitou e assinalou penálti de Zaidu, expulsando o jogador portista. O VAR interveio, o árbitro viu as imagens acabou por reverter a decisão. Plot twist: o treinador do leões, Rúben Amorim, acabou expulso, e Neto levou amarelo. Não havia necessidade, como diria o outro.

A segunda parte foi mais fraca em termos de qualidade de jogo e quando já tudo parecia indicar que os dragões iam levar os três pontos para o Porto eis que num lance confuso, a três minutos dos 90’, Vietto marca o 2-2, depois de uma defesa do guardião argentino a um remate de Sporar.

Um empate que estendeu a passadeira da liderança ao Benfica, que  alargou a vantagem graças a um triunfo frente ao Rio Ave, por 3-0. Numa noite em que o VAR não teve descanso, os golos do triunfo encarnado foram marcados por Luca Waldschmidt (6’ e 45+4’) e Gabriel (84’). No entanto, pelo meio foram anulados dois golos e um penálti: aos 19’, Aderlan Santos perde a bola, Waldschmidt entrega-a a Darwin Nuñez, que a coloca no fundo da baliza, mas o golo acaba anulado por fora de jogo do uruguaio. O mesmo aconteceria aos 29’, no entanto com inversão de papéis: desta vez foi Darwin quem serviu Waldschmidt, que rematou e acertou no alvo… mas estava em posição irregular. Finalmente, aos 68’, num duelo com Aderlan Santos, Darwin cai na grande área do Rio Ave e o árbitro aponta para a marca de grande penalidade. Depois da reavaliação do VAR, João Pinheiro reverteu a decisão, por fora de jogo do uruguaio no início da jogada.

As águias têm agora cinco pontos de vantagem em relação ao F.C. Porto, Sporting (com menos um jogo), Santa Clara e Vitória SC. Ora os açorianos foram até Paços de Ferreira… perder pontos. A primeira vitória dos pacenses nesta edição do campeonato foi construída com golos de Oleg Reabciuk (35’) e Douglas Tanque (72’). Thiago Santana, aos 69’, marcou o único e insuficiente golo do Santa Clara.

Já o Vitória foi mais feliz na deslocação ao Bessa, vencendo os axadrezados com um golo de Marcus Edwards aos 19’. Em Barcelos, os pontos foram repartidos. O Tondela, reduzido desde os 12’ a 10 jogadores, marcou o golo do empate por Filipe Ferreira (58’), depois de Samuel Lino, aos 25’, ter inaugurado o marcador.

O Marítimo até esteve a vencer (Rodrigo Pinho marcou, de penálti, o 1-0 aos 51’),  mas acabou derrotado em casa pelo Portimonense. Pelos algarvios, que se estrearam a vencer, marcaram Dener, aos 69’, e Anderson, aos 74’. O sexto classificado, o Braga, venceu na Pedreira o Nacional, nono, por 2-1. Pelos minhotos marcaram Fransérgio, aos 28’, e Iuri Medeiros aos 42’, enquanto que Nuno Borges, aos 86’, reduziu a desvantagem dos insulares.

A contrastar com um pouco entusiasmante empate sem golos entre Belenenses e Moreirense (que, respetivamente, ocupam o 11.º e 10.º lugar da tabela classificativa, com os mesmos cinco pontos) tivemos o Farense – Famalicão, onde golos não faltaram, apesar da partida também ter terminado empatada. Depois de estar a vencer por 2-0 (Eduardo Mancha, aos 3’, e e César Martins aos 25’) o Farense permitiu que o Famalicão chegasse à vantagem Rúben Lameiras, aos 65’ de penálti e aos 73’, e Bruno Jordãos aos 80’), mas acabou, como pôde, por se redimir no último minuto do jogo (Mansilla, 90+4’), estabelecendo o empate a três bolas. Nota ainda para a expulsão de Edwin Herrera aos 88’.

Inês Barbosa/MS

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