Desporto

Desde 2016… Somos campeões!

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Equipa Portuguesa – Campeã do Europeu de França 2016

Madalena Balça/MS

Já passaram quatro anos, mas na memória de todos quantos viveram intensamente aquele dia 10 de julho de 2016, parece que foi ontem. As emoções fizeram transbordar um país que não cabe nas suas fronteiras. O tão desejado título de campeão europeu chegou quando já poucos acreditavam. Portugal alcançou a sua maior glória no futebol e ajudou um povo, que tentava ainda sobreviver, tristemente, aos dias do jugo da austeridade imposta pela Troika, a recuperar a alegria e o orgulho em ser português.

Hoje, exatamente quatro anos depois, deixamos aqui as marcas que ficaram impressas na história de vida de alguns dos nossos colegas da MDC Media Group. São afinal relatos de um momento de imensa felicidade, provavelmente, iguais aos seus e aos meus. Há quatro anos, de certeza que todos chorámos e gritámos com todas as forças – Viva Portugal!


Paulo Perdiz

Eu vivi a conquista do Europeu de França 2016 com lágrimas de alegria e de espanto. Aquele levantar da taça pelas mãos do nosso capitão, ainda hoje me dá arrepios. Nada a ver como o que sucedeu em 2004, quando perdemos o Euro em casa com a Grécia. O Éder foi o herói em campo e eu fui um dos muitos heróis num bar com os amigos “doentes da bola”. Recordo o grito de um amigo – “…mete o Éder lá para a frente!!! “- passado 10 minutos… Éder passou de um ‘patinho feio’ a herói nacional ao marcar o maior golo da história de Portugal. Não houve coração nem fígado que aguentasse. Das poucas ou quase nenhumas coisas boas que a Covid trouxe foi que Portugal passou a ser campeão europeu mais tempo.


Catarina Balça

Há quatro anos vivia pela primeira vez a vitória de Portugal no Campeonato da Europa fora de Portugal e fora da Europa. Foi talvez também a primeira vez que senti uma sensação de orgulho pelo meu país de uma forma eufórica e emotiva. A cada golo as minhas pernas saltavam a acompanhar os berros exagerados, por isso dá para imaginar como foi aquando do apito final. Saí pelas ruas de Toronto a buzinar, feliz e a achar-me a maior, como se tivesse sido eu a vencedora – mas não foi assim que nos sentimos todos? Porque quando um de nós vence (ainda por cima estando nós longe de “casa”), vencemos todos e gritamos ao mundo que somos Portugal. Que assim seja sempre, como nos casamentos: nos bons e nos maus momentos.


Inês Barbosa

Foi há exatamente quatro anos que, em casa dos meus sogros, nos preparávamos para assistir à final do Euro 2016. Uma partida onde os franceses testaram a nossa saúde cardíaca, nos deixaram com metade dos cabelos e unhas e nos fizeram descontar a raiva no mobiliário…

Valeram-nos as grandes defesas de “São Patrício” e o herói inesperado, Éder, que fez com que a palavra “golo” ecoasse por todo o mundo! Um grito de vitória que tínhamos guardado dentro de nós há tanto tempo… Mas parece que quem “sofre” sempre alcança! Hoje, enquanto segundo campeão europeu mais longo da história – graças ao adiamento da prova motivado pela pandemia que vivemos – celebramos, como podemos, esta grande vitória que jamais se apagará da nossa memória! Viva a nossa seleção! Viva Portugal!


Carmo Monteiro

Recordo-me vivamente do dia 10 de julho de 2016… e quem é que não se lembra? Para mim foi um presente de mister Fernando Santos por ter acreditado na vitória da seleção portuguesa desde a partida de Portugal rumo a França, quando muitos se riram da minha convicção. Vi o jogo em casa com o meu marido e quando começou o jogo, estava muito nervosa e ansiosa, afinal estávamos a jogar contra a “nossa eterna rival” França e eles estavam a jogar “em casa”. O jogo mal tinha começado e o melhor do mundo, o CR7, saiu em lágrimas do campo lesionado, eu chorei com ele, mas se eu acreditava, nesse preciso momento acreditei de tal forma, inexplicavelmente, que a taça ia ser nossa. Quando Éder pega naquela bola e de uma forma muito estranha passa por dois defesas e remata – eu nem pestanejei!!! Entre o choque e a euforia, saltei pelas costas do sofá e entre pulos, gritos e lágrimas, mas desta vez de felicidade, saltei para o colo do meu marido… foi surreal!!! Os últimos minutos do jogo foram agoniantes. E depois do apito, foi uma explosão de emoções e mais lágrimas! Depois juntámo-nos a uma das muitas festas em Toronto. Nós fomos até à St. Clair que mais parecia uma rua qualquer em Viseu do que Toronto! Nunca tinha visto tantos portugueses juntos, fora de Portugal.

Ainda hoje quando imagino aquele momento, sorrio emocionada e se revejo as imagens, arrepio-me, é como se estivesse a viver novamente aqueles minutos com direito a todas as emoções e lágrimas de felicidade!

A seleção, Portugal e todos nós há muito que merecíamos um “final feliz”!!!

Obrigada Quinas!


David Ganhão

Our 2016 family vacation to Portugal was full of fun and interesting experiences—Sunday, July 10 was no different. The plan was simple—a drive to Lisbon for breakfast, followed by lunch with my wife’s aunt before driving back to our home-base in Nazaré to watch the Euro 2016 Final.

The day started with an early stroll along the Tagus river before making our way to eat warm pastéis de Belém sprinkled with cinnamon. Lunch was perfect— our children Noah and Maya met cousins of theirs for the first time and Isabel’s tia made Bacalhau com Broa de Milho accompanied by good wine, good conversation, coffee, dessert and it was time to make the 90-minute drive back to Nazaré.

Traffic was light on the A8 as most of Portugal was already sitting on patios drinking Sagres and plotting the Seleção’s strategy. I would make a quick stop for fuel and soon we too would be sipping beer on a patio.

As I left the Área de Serviço near Torres Vedras, I noticed our car losing power and “hiccupping” down the highway—I quickly passed my fuel receipt to Isabel and asked her to confirm I had filled up with diesel. “It says gasolina simples.” Crap. Once I realized what was happening I panicked as my wife tried to keep me calm. “Don’t worry, just pull over.” Another stroll ensued, but this time we were like castaways abandoning ship. We walked into town, unpleasantly surprised when it became clear that we had a long wait ahead of us. While I began my penance and trudged back to the car, my family waited for a taxi—only greeted by the occasional bird and the honking of horns and flags waving past. It was an extremely slow few hours.

“Hi, I’ll take your bags and by the way, Ronaldo was just injured and taken off the field.” A pleasant greeting from our taxi driver… not sure if we should tip him.

Five hours later and we are back in Nazaré to see Portugal go into extra time. We found a spot to stand and watch the final minutes—right behind a group of tourists who were painted in red, white and Les Bleus, obviously here to cheer on the enemy. “Cerveja, por favor,” I had waited all day to say those words. As I took my first sip, Eder scored the winning goal and Portugal erupted. The man who was sitting quietly in front of me turned around to congratulate us with a strong hug and a kiss on each cheek.

When the game ended, the party started in Nazaré and everyone made noise chanting “CAMPEÕES” into the wee hours of the morning—everyone but me. I was busy worrying about the damage I had done to the car (and more importantly my wallet). When I rounded up the family to go home, Maya curiously looked at me and asked, “Why do you have French flags painted on your cheeks?” Turns out that mon ami marked me with his kisses—sneaky.

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