Desporto

Clássico sem sal

Sabem quando vamos a um restaurante com grandes expectativas? Aquela coisa de irmos no caminho a pensar no delicioso prato que vamos comer e até começarmos a salivar? Bem, era mais ou menos assim que os adeptos do Sporting e do F.C. Porto se sentiam enquanto esperavam pelo apito inicial do clássico desta jornada. Já sentados à mesa, o prato que lhes serviram foi, no mínimo, insosso.

A partida entre FC Porto e Sporting acabou empatada e sem golos.  Os dragões até criaram mais situações de golo, mas foram incapazes de “desmontar” a defensiva leonina. Um resultado que acabou por ser mais favorável à equipa de Rúben Amorim, que assim mantém os 10 pontos de distância dos azuis e brancos. Já a turma de Sérgio Conceição viu-se ultrapassada pelo Braga no segundo lugar – os Guerreiros do Minho têm agora mais um ponto que os dragões.

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Crédito: DR

Sem surpresas nos onzes iniciais, as duas equipas entraram quase que a medo no jogo, somando várias faltas e apresentando um futebol sem grande arte. Os azuis e brancos foram os primeiros a ameaçar, com um remate de Manafá, aos 27’, que passou perto da baliza leonina. Pouco depois, Taremi lançou um míssil que acabou por sair por cima da baliza de Adán. Até ao intervalo o Sporting não meteu as garras de fora, mas também não permitiu que o nulo se desfizesse.

Já na segunda parte, Zaidu e Marega criaram um par de boas oportunidades, ambas, no entanto, sem o sucesso pretendido. O momento do jogo viria a acontecer aos 57’, com Taremi, que estava em excelente posição, a atrapalhar-se e a atirar ao lado, após cruzamento de Corona.

Aos 72’ assistiu-se àquela que talvez tenha sido a melhor oportunidade dos leões: o recém-entrado Matheus Nunes acelerou mas acabou por atirar por cima no frente a frente com o guardião azul e branco. Um jogo que nos deixou, digamos, com fome: de golos, de emoção e, quem sabe, até de qualidade! O Benfica, por seu lado, parece ter dado um pontapé na crise que tem vindo a viver nesta edição da Liga.

Entre entrar com o pé direito, ao pé coxinho e benzerem-se, as superstições dos jogadores encarnados parecem ter dado resultado e nos primeiros 10 minutos de jogo conseguiram criar duas boas oportunidades de inaugurarem o marcador: aos 8’, Diogo Gonçalves bateu o canto e Seferovic, de cabeça, tentou inaugurar o marcador mas viu o guardião vila-condense travar-lhe a investida e depois foi a vez de Everton rematar cruzado e acertar na quina da baliza.

A partir daqui o Benfica foi diminuindo o ritmo do jogo, permitindo que o Rio Ave construísse, também ele, boas oportunidades – todas sem sucesso, no entanto. As equipas recolheram aos balneários com o marcador inalterado.

Na segunda parte assistimos a um Benfica rejuvenescido que somou três boas oportunidades no espaço de dois minutos. Finalmente, aos 59’ surgiu o primeiro golo das águias, depois de Everton ganhar uma bola já na entrada da área e tocar para Seferovic que, de pé esquerdo, colocou os encarnados em vantagem.

O golo voltou a acordar os vila-condenses que tiveram boas investidas por parte de Anderson Cruz e de Carlos Mané. Ainda assim, seria o Benfica a chegar novamente ao golo: após passe de Weigl para Everton, o brasileiro combinou com Pizzi e este fez o 2-0 para a equipa de Jorge Jesus. O terceiro poderia ter surgido aos 83’, mas Seferovic atirou por cima.

O pontapé está dado… mas o combate está longe de estar ganho.

Marítimo e Boavista estão em igualdade pontual no fundo da tabela classificativa: os insulares não foram além de um empate sem golos na deslocação ao reduto do Portimonense, enquanto que os axadrezados sofreram nova derrota, na visita ao Estádio D. Afonso Henriques. Ricardo Mangas até colocou a equipa de Vasco Seabra em vantagem aos 17’, mas Rochinha (39’) e André André (63’) – este de grande penalidade fizeram com que a turma vimaranense regressasse às vitórias na competição.

Em maus lençóis está também a outrora equipa sensação do campeonato de futebol português, o Famalicão. Está em 16.º lugar, com apenas mais um ponto do que o Marítimo e o Boavista. Nesta jornada recebeu o 14.º classificado Farense mas o marcador manteve-se a zeros até ao apito final.

O Santa Clara – Paços de Ferreira marcou o primeiro jogo de 2021 com público nas bancadas… e a “festa” não poderia ter corrido melhor para os anfitriões! Foram cerca de mil pessoas que assistiram à equipa da casa bater os pacenses por três bolas a zero. Allano (10’), Cryzan (45’), de grande penalidade, e Carlos Júnior (56’) foram os marcadores de serviço.

Já o Nacional convidou o Braga para jantar em sua casa. A ementa? Frango(s) à Piscitelli! O guardião dos madeirenses foi determinante para a vitória dos arsenalistas, que assim subiram aos segundo lugar do campeonato. Primeiro ofereceu de bandeja , aos 25’, o golo a Fransérgio, e quatro minutos depois teve uma péssima saída dos postes, permitindo que Abel Ruiz fizesse o gosto ao pé. Riascos ainda reduziu, com um belo golo aos 69’, para os anfitriões, mas tal foi insuficiente para evitar a derrota.

Uma grande penalidade assinalada logo aos dois minutos valeu a vitória do Tondela sobre o Gil Vicente: o esférico bateu no braço de Rúben Fernandes dentro da área gilista e Rui Costa, árbitro da partida, expulsou o jogador. Ainda que, pelas imagens, se perceba que o braço do atleta estava junto ao corpo, o videoárbitro confirmou a decisão e João Pedro cobrou o penálti.

No fecho da jornada, o Moreirense empatou 2-2 com o Belenenses SAD, em Moreira de Cónegos. Pelos cónegos marcou Rafael Martins (11’ e 37’), enquanto que Gonçalo Silva (17’) e Cassierra (72’) assinaram os golos dos azuis.

Inês Barbosa/MS

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