Comunidade

Volta Luso junta $128,000

O Luso Canadian Charitable Society (LCCS) organizou domingo a 4.ª edição da Volta Luso. O evento superou as expectativas e até o São Pedro ajudou.  Mais de 500 participantes abriram os cordões à bolsa e doaram dinheiro para apoiar esta associação que se dedica a ajudar pessoas com deficiência.

Em declarações ao Milénio Stadium, Jack Prazeres, presidente do LCCS, mostrou-se confiante antes do início da prova. “Acho que vai correr muito bem, a cada ano temos mais participantes. Este ano foi mais tarde, mas é a primeira vez que temos sol. Este ano não vou andar de bicicleta apesar de estar equipado, mas estou a ajudar de outra forma”, disse.

Os mais bem preparados fizeram a Volta de bicicleta e percorreram 20 ou 60 km, já os que optaram por caminhar tiveram de fazer 8 Km. A prova partiu do Clube Português de Mississauga, incluiu uma visita às instalações do Luso e percorreu algumas das principais ruas da cidade. No meio da caminhada o nosso jornal encontrou algumas caras conhecidas.

“É muito importante participar neste evento, independentemente de ser a andar de bicicleta ou a caminhar. Temos a obrigação de ser solidários com os que precisam da nossa ajuda. Os portugueses estão cá desde os anos 50 e devem estar orgulhosos da sua herança. Estou a representar a Federação, a minha família e a comunidade”, adiantou Eduarda Lee Sousa-Lall, presidente da Federação de Empresários e Profissionais Luso-Canadianos.

“Acho que os portugueses já provaram que têm o maior coração do mundo. A Associação Cultural do Minho vai fazer um evento onde parte dos lucros vai reverter para o Luso. Na próxima reunião vou propor para aumentar a percentagem. Quando participamos num evento destes é que percebemos a necessidade e acho que as coletividades devem ajudar. Optei por caminhar porque precisava de alguma preparação física para andar de bicicleta. Talvez para o ano, quem sabe, nos 20 Km, não nos 60 Km”, avançou Augusto Bandeira, presidente da Associação Cultural do Minho.

“Estou aqui para apoiar, acho que é uma grande causa ajudarmos aqueles que enfrentam desafios físicos e mentais. Não há nada melhor do que ajudar o próximo, esta é provavelmente a 4.ª vez que participo”, contou Mary Pereira, uma das voluntárias da caminhada.

A maioria dos membros da equipa da MDC optou por caminhar, inclusive o presidente e o vice-presidente. “Nós gostamos de estar envolvidos neste projeto e estamos presentes no palco e com uma equipa. Precisamos de alargar o que o Clube Português de Mississauga está a fazer à comunidade portuguesa e canadiana. Acho que esse é o próximo passo de Volta. Gostava de andar de bicicleta, mas nunca me senti seguro nas estradas da cidade. De qualquer forma quando caminhamos temos oportunidade de falar com os outros participantes, a bicicleta é mais individualista”, referiu José Eustáquio, vice-presidente da MDC.

A antiga presidente da Câmara Municipal de Mississauga fez questão de dar o exemplo e o Clube Português de Mississauga ajudou a preparar uma receção para os participantes da Volta. “Vocês estão cá porque se preocupam com aqueles que enfrentam desafios físicos e mentais. E os portugueses são sempre generosos, com o seu tempo e com o seu dinheiro”, disse Hazel McCallion, antiga autarca.

Tony Sousa, presidente do Clube Português de Mississauga, garantiu que o clube tem sempre as portas abertas para ajudar quem precisa. “Já participamos há quatro anos e é uma forma de retirarmos algum stress da equipa do Luso. A minha equipa saiu ontem de cá às 2:30 am e hoje às 7 am já cá estávamos. Era bom que não precisássemos destas casas, mas infelizmente precisamos e ainda bem que elas existem. Nós podemos ter as nossas diferenças, mas quando toca a ajudar acho que os portugueses se chegam à frente”, assegurou.

A deficiência está presente em todos os grupos étnicos, mas a comunidade portuguesa tem uma forma diferente de lidar com este problema. Ao todo foram mais de 60 patrocinadores que preferiram não ignorar a deficiência, ao contrário do governo. “Nós escondemos mais o problema, com as outras comunidades é diferente. Alguns dos nossos utentes estavam fechados em casa há mais de dez anos e não tinham acesso a nenhum tipo de programas. O governo não tem feito nada por este grupo de pessoas, eles não votam, não estão identificados com sinais, não criticam e grande parte deles nem fala”, explicou Jack Prazeres.

A organização conseguiu juntar $128,000, um valor que vai permitir aumentar a lista de programas nos três pólos. No final do encontro recebemos duas boas notícias. Joe Eustáquio, da MDC, recebeu uma t-shirt oficial de John Tavares, jogador dos Maple Leafs, que acabou por ser comprada por Carlos Costa da ACS pelo valor de $1,500. Manuel DaCosta, um dos empresários mais bem-sucedidos da comunidade portuguesa de Toronto, deu $10,000 a uma família com três jovens deficientes.

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