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Portugal é lindo… Portugal a arder…

 

Alexandre Franco
Diretor/Editor

Cheguei a Portugal para encontrar um país de luto nacional. Até este momento, 31 mortos, 15 feridos graves e quase uma centena de desaparecidos.

525 incendios em simultaneo. A norte do rio Tejo está quase tudo em chamas. Simplesmente incrível.

Pelas reportagens que acompanhámos de perto, em Vila Nova de Poiares ficou tudo reduzido a cinzas. No Concelho de Seia, em Coimbra, em Castelo Branco, no centro e norte de Portugal já se fala em elementos terroristas como causa de desastre tão anormal.

Testemunhámos um video de um motorista que na A17 viaja por um autentico inferno, queixando-se do inferno que atravessava. Só visto. Contado, ninguém acredita.

Ainda recentemente levámos a cabo um movimento de apoio ao que aconteceu em Pedrógão Grande, agora, meus caros amigos, a situação é simplesmente horripilante. Não fazem a menor ideia.

Quando afirmo que Portugal é lindo, é porque na realidade reconheço com facilidade porque razão este maravilhoso país acaba de ser nomeado como o melhor do mundo em termos turisticos. Lisboa é uma cidade que atrai milhões de visitantes com todo o mérito. Mas, o que assola o norte do país, só visto…

 

Número de mortos sobe para 31. “As comunidades têm de se tornar mais resilientes”, diz ministra

 

Primeiro-ministro reitera confiança em Constança Urbano de Sousa e admite que cenário de tragédia com fogos se pode repetir. Há três desaparecidos, incluindo bebé de um mês.

 

Pedro Proença lamenta tragédia que deixa país de luto

 

O presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) lamentou a “tragédia à escala nacional” dos incêndios que provocaram 31 mortos na região centro de Portugal. “Expresso, desta forma, o meu lamento por mais uma tragédia à escala nacional. O país está de luto. O momento é de compaixão pelas famílias e amigos das vítimas”, afirmou Pedro Proença.

A Polícia Judiciaria (PJ) anunciou a detenção de um homem de 48 anos que terá ateado, na semana passada, dois incêndios florestais no concelho de S. Pedro do Sul. Em comunicado, a PJ informa que a detenção foi levada a cabo pelo Departamento de Investigação Criminal de Aveiro, contando com a colaboração dos Serviços de Protecção da Natureza da GNR de Viseu.

O homem de 48 anos será “o presumível autor de dois incêndios florestais ocorridos nas imediações da EN 228 em Figueiredo de Alva, concelho de S. Pedro do Sul, locais perto dos quais já terão deflagrado diversos outros fogos durante o presente ano”.

“O suspeito ateou os fogos com recurso a chama directa, em zona de pinheiros e de eucaliptos, pondo em perigo a muito extensa mancha florestal e habitações aí existentes, tendo apenas ardido aproximadamente 330 metros quadrados de área florestal graças ao pronto combate efectuado pelas corporações de bombeiros, fruto da detecção precoce do início dos incêndios por populares”, acrescenta.

A nota da PJ evidencia ainda que o detido “não apresenta qualquer motivação racional para a prática dos factos em investigação” e que “actuou num quadro de alcoolismo”. Presente às autoridades judiciárias competentes da Comarca de Viseu, para primeiro interrogatório, foi-lhe aplicada a medida de coacção de obrigação de apresentações diárias. No corrente ano, a PJ já identificou e deteve 101 pessoas pela autoria do crime de incêndio florestal.

 

Fogo ameaça casas na Marinha Grande

 

O fogo que lavra no concelho da Marinha Grande, no distrito de Leiria, está a ameaçar casas, disse o presidente da Câmara, Paulo Vicente, que pediu um reforço dos meios no terreno. “Temos uma frente bastante perigosa, que está a cerca de 100, 150 metros de habitações”, disse o autarca, afirmando que o “fogo avança com muita, muita, muita velocidade”.

Apontando que os moradores estão a ajudar ao combate às chamas com mangueiras, o presidente da Câmara Municipal da Marinha Grande pediu um “reforço humano e de meios, quer terrestres, quer aéreos”, dado que “os bombeiros estão exaustos”. Existem operacionais “há 24 horas no terreno, é urgente que o dispositivo seja reforçado”, adiantou Paulo Vicente, referindo que as corporações “de Vieira de Leiria e Maceira” já se encontram no local a ajudar os bombeiros da Marinha Grande.

Vive-se “um cenário devastador e dantesco”, retratou o autarca. “As populações vão fazendo o que podem, mas estão também a acatar as ordens dos bombeiros e das forças de segurança”, elencou o autarca, explicando que, de momento, “não estão a ser feitas evacuações” e “não há feridos, nem desaparecidos”. O distrito de Leiria conta com 19 ocorrências, que estavam a ser combatidas por 737 operacionais, 222 meios terrestres e dois meios aéreos.

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