Comunidade

Mais de 120 mil pessoas passaram pelo Dundas West Fest

O Dundas West Fest bateu um novo recorde de visitantes. Este ano o festival de verão, que acontece em pleno Little Portugal, em Toronto, recebeu mais de 120 mil pessoas e provou, uma vez mais, que Toronto é a cidade mais multicultural do mundo.

A arte e a gastronomia encheram a Dundas Street West desde a Ossington Street até à Landsdowne Avenue, passando por 12 quarteirões da cidade ao longo de 1,6 quilómetros. E à medida que a nossa equipa de reportagem ia circulando, era possível perceber, que do outro lado do Atlântico, se respira Portugal. O cheiro das sardinhas assadas, as conversas em português e as t-shirts oficiais da seleção impunham-se e até os mais distraídos percebiam que a comunidade portuguesa está bem viva em Toronto.

Mais de 40 negócios locais estiveram representados no Festival e segundo a organização, mais de 200 vendedores locais fizeram questão de estar no Dundas West Fest. O Festival decorreu durante dois dias, sexta-feira e sábado (31 de maio e 1 de junho), e o próximo passo é crescer.

“Queríamos que este Festival fosse três dias e que durasse até domingo. Vamos ver se para o ano a cidade autoriza”, explicou AnaBela Taborda, Little Portugal BIA chair, em declarações ao Milénio Stadium. Taborda elogiou ainda a gastronomia portuguesa presente no Festival e disse que os visitantes superaram as expectativas.
Alex Bordokas é um dos produtores do Dundas West Fest e, em declarações ao nosso jornal, lançou um repto. “Seria bom que o Dundas West Fest integrasse a Parada de Portugal. Precisamos de pessoas com mentalidade aberta para que isso seja uma realidade”, sugeriu.

Bordokas elogiou ainda o trabalho da comunidade portuguesa e brasileira na organização do Festival. “A AnaBela Taborda navega o barco e sabe unir as tribos. Mas há outras pessoas que são fundamentais. A Ana Bailão, vice-presidente da Câmara Municipal de Toronto; a Angela Mesquita, do Brasil Remittance e muitos outros patrocinadores”, enumerou.

Luís Pavão, proprietário do Pavão Meats, uma cadeia de talhos portugueses presente em Ontário, é um dos portugueses que está representado no Dundas West Fest. “A nossa carne é um sucesso porque é à moda portuguesa. Os outros grupos étnicos adoram a nossa comida e ficam impressionados com as nossas bifanas com cebolada. É o nosso best seller e ninguém as faz como nós”, justificou.

A Dundas mudou nos últimos anos e o Festival acaba por ser uma montra para divulgar a excelência dos produtos portugueses. “A maioria da nossa comunidade já não vive nesta área e o Dundas West Fest é importante para divulgar os nossos produtos. As pessoas são muito receptivas à nossa comida e acabam até por comprar a carne já temperada”, disse.

O palco do Lula Lounge é um dos barómetros do Dundas West Fest e este ano estiverem representados samba, jazz, salsa, folk-rock, blues, reggae e hip hop. A diversidade musical dos quatros cantos do mundo, o bom tempo e a boa disposição fizeram com que dezenas de pessoas vibrassem ao som destes ritmos.
A capoeira também fez as delícias do público e o grupo Capoeira Camará fez até uma pequena demonstração para as câmaras da Camões TV. O grupo está sedeado em Toronto e tem aulas para todos os níveis. Se ficou interessado já sabe.

Nas ruas vários músicos fizeram verdadeiros concertos e os Street Brass deram nas vistas. A banda foi formada por Christopher Butcher, um dos principais trombonistas do Canadá que já tocou com alguns dos mais prestigiados artistas do país, nomeadamente Jane Bunnett, Jay Douglas, Hilario Duran, Archie Alleyne e Kevin Breit.
A MDC Media Group esteve representada e Ziko Pereira e Francisco Pegado contagiaram o público com a energia brasileira e angolana.

Joana Leal

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