Canadá

Feds ativam maior pacote de assistência financeira da história

  • O PM Justin Trudeau disse quarta-feira (1) que as candidaturas para o Emergency Response Benefit podem ser feitas online a partir de segunda-feira (6 de abril). O programa vai disponibilizar $2,000 por mês para quem ficou sem trabalho devido ao COVID-19 e vai financiar 75% dos vencimentos daqueles que continuam a trabalhar em empresas que viram a sua atividade reduzida em 30%.
    Trudeau sublinhou que ninguém pode beneficiar dos dois programas em simultâneo – as empresas terão de optar entre o Emergency Response Benefit e o subsídio de desemprego. No seu discurso ao país, o PM canadiano informou que este programa de assistência financeira é “o maior da história do Canadá” e referiu que não assistíamos a algo parecido desde a 2.ª Guerra Mundial.
    Quem não conseguir submeter a candidatura online ao subsídio de desemprego deve telefonar para a Canada Revenue Agency e para quem já o fez antes de abril não precisa de voltar a fazê-lo. Trudeau voltou a referir que “o Governo sozinho não consegue destruir o vírus” e pediu a colaboração dos canadianos. “Façam escolhas inteligentes, fiquem em casa se possível, vão às compras uma vez por semana, vão a uma única loja em vez de sete”, disse o PM.
    Trudeau referiu ainda que a Federal Reserve está sempre disponível quando os canadianos precisam e se o Quebec ou qualquer outra província precisarem deste recurso ele poderá vir a ser usado.
    O PM voltou a implorar aos canadianos, na quinta-feira (2) no seu discurso ao país, para ficarem em casa e cumprirem com o distanciamento social e disse que depende de cada um de nós ajudar e não sobrecarregar o serviço de saúde.

 

  • A maioria dos canadianos está preocupado com a possibilidade de perder o seu trabalho e não conseguir pagar as suas contas. De acordo com uma sondagem recente da Nanos, baseada numa amostra de 1,013 pessoas, cerca de 62% dos entrevistados mostrou-se preocupado com a possibilidade de perder o emprego e 65% revelou estar preocupado com o pagamento das contas. Em Ontário os habitantes estão mais otimistas e só 57% é que demonstra preocupação em perder o emprego e 62% está preocupado com a possibilidade de não conseguir pagar as contas.

 

  • O Governo federal disponibilizou $2 mil milhões para as empresas canadianas produzirem equipamento de proteção para ajudar no combate à pandemia de COVID-19. Máscaras, luvas, ventiladores e gel desinfetante são alguns dos produtos que deverão ser produzidos em grandes quantidades nas próximas semanas aqui no Canadá. O PM Justin Trudeau adiantou que a procura por estes produtos deverá aumentar nas próximas duas semanas e que estes recursos são muito importantes para proteger os profissionais da saúde que todos os dias dão o seu melhor.

 

  • Trudeau informou que mais de 3,000 empresas estão disponíveis para ajudar e converter as suas linhas produção para combater este novo vírus. O PM recordou que cada canadiano deve fazer a sua parte e seguir as regras para evitar que o serviço nacional de saúde fique sobrecarregado.
    O ministro da Defesa anunciou esta semana que as forças militares do país estão disponíveis para ajudar com a crise de COVID-19. Cerca de 24,000 militares vão poder ajudar com logística e transporte e outras possíveis necessidades que surjam durante a pandemia como inundações ou incêndios florestais.

 

  • A economia canadiana cresceu 0,1% em janeiro, a manufatura e o setor financeiro cresceram, mas os transportes, a exploração mineira e o retalho encolheram. Segundo as estatísticas divulgadas agora o PIB do Canadá cresceu menos do que os economistas estavam à espera, mesmo antes da pandemia de COVID-19. No mês de dezembro o PIB tinha crescido 0,3%, mais 0,2% do que agora em janeiro.

 

  • O preço dos bens alimentares deverá aumentar, o estudo é das Universidades de Guelph e Dalhousie. Os preços deverão aumentar entre 2 e 4%, sobretudo nos vegetais e na panificação. A pandemia de COVID-19 provocou um aumento dos custos: alguns retalhistas optaram por aumentar ordenados e contratar mais funcionários e o perigo de contágio obrigou estas superfícies a aumentar os custos com limpeza e desinfeção.
    A carne poderá aumentar 6% e o marisco 4% e as universidades explicam que um aumento de 4% nos bens alimentares é mais do que o dobro da previsão usual.

 

  • O ministro de Segurança Pública, Bill Blair, pediu aos chefes do sistema penitenciário e do conselho de liberdade condicional do Canadá que considerassem a libertação antecipada de alguns presos federais para mitigar o impacto do COVID-19 atrás das grades.
    O Governo entende os “riscos únicos” que o novo vírus representa para as prisões e a evolução da pandemia obriga o Governo a tomar medidas. Na segunda-feira (30) o Quebec confirmou dois casos de COVID-19 em prisões federais e Blair acredita que esta medida vai poupar vidas humanas.

 

  • Um grupo de investigadores de Manitoba descobriu uma forma segura de descontaminar e reutilizar alguns tipos de máscaras médicas que normalmente são colocadas no lixo depois de serem usadas uma vez. A pandemia de COVID-19 causou escassez global de equipamentos de proteção individual para profissionais de saúde, incluindo máscaras e respiradores N95. A conclusão do estudo da equipa de cinco investigadores foi divulgada na quarta-feira (1) e conseguiu descontaminar, com sucesso, quatro tipo de máscaras e algumas delas vão poder ser reutilizas, em segurança, mais de 10 vezes.

 

  • Os funcionários dos supermercados estão fartos de clientes que não cumprem as regras de distância social impostas pela pandemia. Os seguranças das superfícies comerciais queixam-se que as pessoas aproveitam a ida ao supermercado para falarem umas com as outras e que não cumprem a distância de dois metros a que obrigam as novas regras.
    Alguns funcionários, que não quiseram ser identificados, disseram à CBC que alguns clientes são impacientes, gritam e exageram com os funcionários. O sindicato que representa estes funcionários diz que eles não são obrigados a tolerar maus comportamentos e encoraja-os a denunciar a situação ao manager ou ao próprio sindicato.

 

  • As longas esperas pelos resultados dos testes de COVID-19 devem-se em parte à escassez de profissionais nos laboratórios canadianos. A associação que representa estes técnicos diz que já antes da pandemia o número de funcionários não era suficiente, o que acabou por se agravar com a atual pressão que existe sob os laboratórios devido à crise de COVID-19. Christine Nielson, da Canadian Society for Medical Laboratory Science de Hamilton, diz que a sua organização passou os últimos 15 anos a tentar convencer o Governo federal e provincial para reforçar o número de técnicos de laboratório porque, segundo ela, o número de recém-licenciados não é suficiente para substituir os técnicos que vão para a reforma. Nielsen alerta ainda que nos próximos cinco anos, 50% dos técnicos que estão no mercado de trabalho atual vão reformar-se, um problema que é ainda maior em áreas rurais e remotas.

Na altura em que este artigo foi escrito o Canadá tinha 11,118 casos e o Quebec lidera com 5,518 casos e 36 mortes.

Joana Leal/MS

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