Uncategorised

O ano de 2018 traz mais desafios para os retalhistas canadianos

As expectativas de mudança de compras impulsionadas pelas mudanças demográficas, o movimento crescente para o consumismo online e as tecnologias em evolução continuarão a abalar o setor da venda a retalho canadiano em 2018, dizem os especialistas.

Alguns no setor retalhista canadiano podem ser perdoados se parecerem felizes em ver o final de 2017, um ano que trouxe transtornos e encerramentos. O ano foi pontuado pelo fracasso da Sears Canada. A cadeia de lojas de departamento procurou proteção de credores em junho e, finalmente, entrou em processo de liquidação que resultará no fecho de cerca de 190 lojas, eliminando posições de trabalho para cerca de 15 mil funcionários.

Outro retalhista, a venerável Hudson’s Bay Co., também está a enfrentar desafios no ambiente competitivo de hoje. A empresa disse em junho que iria eliminar 2000 empregos, em resultado de uma reestruturação.

Enquanto isso, as jogadas de gigantes do retalho, o Walmart e a Amazon, continuaram a agitar o mercado no Canadá.

Com os retalhistas a fazer contas à época de compras de Natal deste ano, Willy Kruh, presidente global da prática de consumo e retalho da KPMG, diz esperar um aumento “relativamente razoável” de cinco por cento nas vendas de Natal e margens saudáveis.

Kruh lembra que o recorde de fecho de lojas registado nos EUA remonta a 2008, com um número de cerca de 6100 lojas. No entanto, ele observou que este ano esse número deverá ser entre 8500 e 9000 lojas.

Vítimas do retalho

Bruce Winder, cofundador e parceiro da Retail Advisors Network, destacou que as compras online cresceram até um ponto nos EUA que isso está a provocar vítimas em lojas de venda a retalho tradicionais, que são fracas financeira ou estrategicamente, ou que não se adaptaram ao novo normal. Segundo ele, o mesmo acontecerá no Canadá daqui a alguns anos, pois estamos atrás dos EUA e do Reino Unido.

Os canadianos continuarão a comprar mais online através de empresas como a Amazon, que está a reforçar a sua infraestrutura no Canadá, com um novo armazém em Calgary e a contratar em Vancouver.

Esse crescimento em dólares em compras online significa margens de lucro menores para lojas tradicionais.

Em realidade, e na opinião de Winder, ninguém conseguirá apanhar a Amazon, que adquiriu a cadeia Whole Foods em 2017, numa aposta no setor de supermercados, enquanto que o Walmart foi um dos poucos grandes retalhistas a adotar as compras online.

Kruh, entretanto, vê três fatores que impulsionam o panorama do retalho, incluindo:

  • mudança de dados demográficos.
  • novas tecnologias.
  • geografia e geopolítica.

A geração do milénio será o maior grupo demográfico dentro de alguns anos, que segundo Kruh procuram uma “experiência” quando fazem compras. Os retalhistas terão que entender a experiência e a qualidade do entretenimento que os consumidores desejam.

Enquanto isso, a mudança tecnológica no setor retalhista também registará um crescimento no uso da inteligência artificial, no uso do sistema de controle de voz Alexa da Amazon e do altifalante Echo, robótica, drones e realidade virtual e aumentada, sublinhou Kruh. Ele acrescentou que o Walmart e a Amazon já estão a testar novos conceitos para lojas que ainda não chegaram ao Canadá.

O crescimento da população no Canadá é impulsionado pela imigração, tornando fundamental que os retalhistas domésticos se adaptem aos hábitos de compras dos novos canadianos. Ao mesmo tempo, uma onda de populismo e nacionalismo está a afetar o retalho nos EUA e na Europa com efeitos secundários no Canadá, referiu a empresa KPMG.

Entre os vencedores

O Canadá continua a polarizar no setor retalhista, como tem feito ao nível do rendimento e riqueza, observou Winder.

Para esse fim, ele vê o retalhista Dollarama entre os vencedores em 2018 no segmento de valor. A empresa confirmou recentemente que começará as vendas online de alguns itens populares em massa nos próximos 13 meses.

Ele também citou a empresa de roupas Canada Goose, que é um fabricante com algumas lojas tradicionais e uma divisão de comércio eletrónico, como uma marca forte com bons financiamentos para crescimento, com o sucesso da sua oferta pública inicial.

Winder também vê o Loblaws como um vencedor com as suas diferentes marcas e grupos de clientes. O grupo também beneficiará da sua nova parceria com a Instacart e o seu forte programa de fidelidade.

Redes Sociais - Comentários

Artigos relacionados

Back to top button

 

O Facebook/Instagram bloqueou os orgão de comunicação social no Canadá.

Quer receber a edição semanal e as newsletters editoriais no seu e-mail?

 

Mais próximo. Mais dinâmico. Mais atual.
www.mileniostadium.com
O mesmo de sempre, mas melhor!

 

SUBSCREVER