RTP-Açores com derrapagem orçamental
A Subcomissão de Trabalhadores da RTP-Açores reuniu, em Ponta Delgada, com a Direcção daquele canal, na presença da Directora, Lorina Amaral e do Subdirector, Victor Alves, num encontro realizado 24 horas após a apresentação da Direcção ao novo Conselho de Administração e que serviu “para perceber que esta transição coloca pendentes todos os processos que envolvem o Centro Regional dos Açores”, segundo comunicado daquela estrutura enviado ao nosso jornal.
O comunicado relembra que “as remodelações e reequipamento das instalações nas delegações e centro nos Açores foram ponto de honra da anterior administração e do seu Presidente, Gonçalo Reis. Estranhamente, na carta de despedida, a ex- administradora Cristina Vaz Tomé afirmava a “… total renovação e reequipamento do Centro Regional dos Açores em São Miguel, Terceira e Faial ambicionado há muitos anos e conseguido com grande empenho e profissionalismo da Direcção do Centro Regional.” Uma afirmação que não corresponde à realidade, já que as obras no Faial ainda não estão concluídas!”.
E prosseguem: “O mais grave desta reunião com a Direcção, foi perceber que existe uma derrapagem orçamental de 25% na grelha, o “plafond” anual para alguns colaboradores acabou, o do “outsourcing” foi excedido, e ainda estamos em Junho”.
“Questionada sobre a razão deste descontrolo, a Directora assumiu a responsabilidade máxima pela situação e apontou como principais causas a falta de planeamento interno e a realização de programas não orçamentados”, sublinham os trabalhadores.
A Subcomissão revela que, “perante este cenário a Directora anunciou medidas com consequências graves para quem nos ouve e vê: não haverá novos programas este ano”.
Para a Subcomissão de Trabalhadores da RTP-A, “esta situação é muito preocupante dado que revela falta de coordenação e de responsabilidade da direcção, já que não foi capaz de, em tempo útil, ter controlo e evitar o que se adivinhava num ano de recursos financeiros apertados”.
“Um descontrolo e falta de planeamento que compromete a missão de serviço público, atingindo quem nada tem a ver com a ineficiência da Direcção: o telespectador/ouvinte pagante do nosso serviço. É lamentável que tenhamos chegado a este estado de coisas!”, conclui o comunicado.
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