Açores

Região importa o dobro do que exporta

O valor das importações do exterior directamente para os Açores, entre Janeiro e Novembro de 2018, foi praticamente o dobro das exportações, comparado com igual período do ano anterior, totalizando as importações, nesse espaço de tempo, 162 milhões de euros, enquanto as exportações ficaram próximas dos 85 milhões de euros.

O valor das importações mais elevado do que as exportações é duma situação que se regista desde sempre, mas tem vindo a agravar-se nos últimos três anos, registando-se no ano passado um aumento das importações de quase 30 % enquanto as exportações apenas apresentam um crescimento de 1,2%.

 

Exportamos mais fresco e conservas

Peixe fresco e conservas representam a maior fatia das exportações, atingindo a pesca 20 milhões de euros no período em referência, Janeiro a Novembro, e a indústria 63 milhões, verificando-se que a exportação de peixe fresco teve um acréscimo de 29%, resultado do excelente ano de pesca e a indústria apresenta uma descida de 7,5%, que porventura poderá ser compensada, no próximo ano, quando o atum apanhado este ano chegar ao circuito comercial das conservas.

As exportações dos Açores destinam-se na sua maior parte para Espanha, no caso do peixe fresco, e os lacticínios vão para Espanha e Holanda.

 

Itália já não é líder no atum

O mercado tradicional das conservas açorianas era Itália, mas desde 2013 passou a ser Espanha e Angola.

Nos lacticínios saem, sobretudo, leite em pó, manteiga e soro. O queijo tem uma venda reduzida no estrangeiro. Embora seja o produto que atinge maior rendimento, é vendido, sobretudo, no continente português.

No ano passado, o valor dos lacticínios, ente Janeiro e Novembro, atingiu aproximadamente 10 milhões de euros e as conservas renderam nas vendas para países estrangeiros, no mesmo período, cerca de 15 milhões de euros.

 

Importamos peixe e lacticínios de Espanha e França

Mas, também importamos peixes e lacticínios de Espanha e França e cereais e comida, para animais, da Costa do Marfim e dos EUA.

Tanto no caso das importações como das exportações não estão contabilizadas, naturalmente, eventuais transacções de produtos açorianos que possam ser feitas a partir de empresas com sede no continente.

No país, as exportações têm apresentado bons indicadores, mas no último trimestre as exportações aumentaram apenas 1 % e as importações apresentaram um crescimento de 5,8%.

 

Brexit pode prejudicar exportações

O Ministro Adjunto e da Economia afirmou ontem que a incerteza em torno do modelo de saída do Reino Unido da UE pode trazer a Portugal “algumas dificuldades ao nível das exportações”, por ser um “cliente muito importante”.

“Dada a incerteza do modelo de saída do Reino Unido (‘Brexit’), isso pode nos confrontar já este ano com algumas dificuldades ao nível das exportações. O país é um cliente muito importante de Portugal”, afirmou Pedro Siza Vieira na comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas.

“Não se vão fazer sentir movimentos tão intensos de crescimento das exportações, como felizmente nos habituamos nos últimos anos. Não antecipamos uma contração da economia e continuamos a prever um crescimento da economia portuguesa acima da média da União Europeia”, acrescentou o ministro.

Na sua intervenção inicial perante os deputados, o governante indicou os “momentos de incerteza” que caracterizam o comércio internacional, como a guerra comercial Estados Unidos-China e as incertezas no processo de saída do Reino Unido da União Europeia (‘Brexit’), afectando a procura mundial e, assim, as “economias mais exportadoras”.

Neste contexto global, Portugal, como “economia aberta e exportadora”, também sofre impactos, sendo “provável que o ritmo das exportações vá abrandar”.

O governante afirmou a necessidade de prosseguirem os apoios às empresas para que estas continuem a investir. Para tal, o IPAMEI (Agência para a Competitividade e Inovação) irá conhecer um reforço de recursos humanos.

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