Açores

Acidentes de trabalho nos Açores bateram recorde em 2016

O número total de acidentes em 2016 foi de 1 911 tendo o número de acidentes mortais sido de cinco, um recorde quando comparado com os cinco ano anteriores.

De acordo com um relatório do Observatório do Emprego e Formação Pro-
fissional, divulgado ontem, do total de acidentados, 31,8% (607) são do sexo
feminino sendo que os acidentes mortais ocorreram com 3 trabalhadores do sexo masculino.

As actividades económicas com percentagens mais elevadas de acidentes foram as das Indústrias transformadoras com 16,6% (dentro das quais se destaca o sector das Indústrias alimentares e das bebidas) e da Construção com 16,3%. Os acidentes mortais ocorreram nos sectores do Alojamento, restauração e similares (2), Indústrias transformadoras (1), Transportes e armazenagem (1) e Outras actividades de serviços (1).

A repartição por meses leva-nos a constatar que o mês de agosto foi aquele em que ocorreram mais acidentes.

Segundo a dimensão da empresa, o maior número de acidentes de trabalho verificou-se no escalão de 50 a 249, com 572 ocorrências.

Em termos de grupos etários, 30,6% dos acidentes ocorreram no dos 35-44, sendo de 37,9% a percentagem de acidentes que envolveram trabalhadores até aos 34 anos de idade.

De acordo com nacionalidade, cerca de 98,5% da totalidade dos sinistrados tinham nacionalidade portuguesa., os restantes eram cidadãos da União Europeia (3), PALOP (5) e Outra (21).

Considerando as profissões, a maiorpreponderância de acidentes de traba-
lho recai sobre os TCO (94,9%) e apenas 4,2% reporta-se aos Trabalhadores por Conta Própria.

Considerando os dados dos acidentes de trabalho por grandes grupos pro-
fissionais, infere-se que 26,7% do total abrangeu os Trabalhadores qualificados da indústria, construção e artífices.

Quanto à antiguidade do sinistrado na empresa, verifica-se que 18,1% dos
acidentes envolveram trabalhadores nos primeiros 6 meses de atividade. Ao todo, no primeiro ano de serviço na empresa, registaram-se 25,7% dos acidentes.

Do total dos acidentes de trabalho registados na região, segundo a distri-
buição por Ilhas, constata-se que 56,3% ocorreram na ilha de S. Miguel, logo seguidos da ilha Terceira, com 25,6%.

Por concelhos, a situação dos sinistrados assume particular relevo no concelho de Ponta Delgada, com 34,2 % do total.

No que respeita ao número total de acidentes de trabalho por tipo de local,
merecem destaque a zona industrial (28,2%) e local de actividade terciá-
ria, escritório, entretenimento, diversos (20,2%).

Atinente ao número de acidentes de trabalho, por agente material associado ao desvio, constata-se que as ocorrências assentam maioritariamente em Materiais, objectos, produtos, componentes de máquina, estilhaços, poeiras (20,2%).

Relativamente ao número de acidentes de trabalho, por contacto-modalida-
de da lesão, observa-se uma incidência mais significativa no Constrangimento físico do corpo, constrangimento psíqui-
co (28,6%), destacando-se as seguintes actividades: Actividades de saúde humana e apoio social e Comércio, reparação veículos automóveis.

A nível das profissões importa registar os Trabalhadores qualificados da in-
dústria e da construção.

As partes do corpo mais atingidas foram o pescoço, as costas e as costelas com 15,4%, seguidas dos dedos da mão com 15,1%.

No total, verifica-se que 36,4% dos acidentes atingiram as extremidades
(mãos e pés), o que representa menos 4,9 pontos percentuais que em 2015.
Finalmente, no que respeita às horas de ocorrência dos acidentes, 32,9% tiveram lugar entre as 08H01 e as 11H00, seguindo-se o período das 15H01 às 17H00 com 16,5%.

O período nocturno registou 10% de ocorrências.

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