Madeira

Madeira “diminuiu em 50% a taxa de infecção” hospitalar

O Secretário Regional da Saúde disse esta manhã que o Serviço Regional de Saúde (SRS) tem feito um “excelente trabalho” em termos de prevenção e controlo das infecções, graças ao trabalho coordenado pela Dr.ª Margarida Câmara levado a cabo por um grupo de profissionais que se dedica ao combate às infecções e, segundo o governante tem tido “muito sucesso” evidenciado pelo prémio atribuído pela Fundação Calouste Gulbenkian, no programa ‘Stop Infecção’.

Pedro Ramos salientou que a unidade hospitalar madeirense ter sido uma das unidades do país escolhida para um trabalho de investigação no combate à infecção que “está a ter bons resultados”.

“Conseguimos diminuir cerca de 50% a taxa de infecção nas nossas unidades de saúde e passamos de 16.3% para quase 7.5%, uma descida considerável através de medidas simples como lavar bem as mãos, quer sejam utentes, visitas ou utentes”, referiu o governante.

Salientou ainda que as infecções em Portugal estão associadas ao “uso indiscriminado e inadequado dos antibióticos”, sendo necessário progredir também nesse sentido através de “campanhas de sensibilização” para que os antibióticos sejam usados apenas quando necessário. “Se não mudarmos este paradigma, a principal causa de mortalidade em 2050 será o uso indevido de antibióticos”, referiu Pedro Ramos.

As cinco causas principais da mortalidade estão associadas, neste momento, à doença cerebrovascular, doença cardiovascular, doença respiratória, oncológica e à doença mental, associada à idade.

Segundo Pedro Ramos, a Madeira vai entrar no campo do tratamento da insuficiência cardíaca, criando uma unidade para evitar o consumo de medicamentos para evitar as múltiplas idas ao serviço de urgência e diminuir o índice de mortalidade nessa área.

“Faltava uma estratégia Regional para as doenças respiratórias, uma vez que a mortalidade é muito elevada nesta área no país e a Madeira não é excepção”, frisou, salientando que a 31 de Maio a Madeira vai apresentar a campanha Estratégia Regional para a Doença Respiratória, com o aumento da consulta de cessação tabágica, a criação de rede de espirometrias e uma melhor monitorização da doença pulmonar crónica obstructiva para diminuir esta patologia e as consequências desta patologia na Madeira”.

Margarida Câmara diz que a estratégia da Madeira na prevenção e controlo das infecções passa por seguir a estratégia nacional e da Organização Mundial de Saúde (OMS). “Desde 2008 que a Madeira acedeu ao apelo da OMS para implementar a campanha da higienização das mãos, implementada inicialmente nos hospitais públicos e neste momento também em instituições privadas”, frisou a responsável na Madeira, destacando o aumento da adesão das instituições de saúde a esta medida de higienização. “Nos hospitais anda à volta dos 86% a nível dos cuidados primários e da rede regional de cuidados continuados anda à volta dos 85%2, referiu.

Para além da higienização das mãos, existem outras medidas igualmente importantes como o controle da limpeza ambiental a etiqueta respiratória ou a separação correcta dos resíduos hospitalares que se associam às infecções associadas aos cuidados de saúde (o aumento da resistência aos antibióticos). “Neste momento temos um programa de assistência à prescrição nos hospitais públicos que apoia os profissionais de saúde na escolha da melhor antibioterapia para o tratamento das infecções”, referiu Margarida Câmara.

Quanto à prevalência da infecção hospitalar, segundo o inquérito de prevalência publicado em 2017, os hospitais registam uma prevalência de 8.3% e os cuidados continuados de 3.7%, valores inferiores aos dados do último inquérito de 2012.

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Fonte
DN Madeira

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