Açores

Um candidato à Associação de Turismo dos Açores

O empresário da ilha do Faial Carlos Morais é o único candidato à Presidência da Associação de Turismo dos Açores (ATA), que está sob investigação, por suspeita de fraude, nas eleições agendadas para hoje.

O actual Presidente da Assembleia Geral da ATA, ligado ao turismo, quer colocar “ordem na casa” e “pacificar” a ATA, depois das buscas que a Polícia Judiciária efectuou na associação, por suspeitas de “fraude, peculato, falsificação de documentos e participação económica em negócio”, tendo sido constituídos cinco arguidos, entre os quais o Presidente Francisco Coelho, de baixa médica.

A lista encabeçada por Carlos Morais integra ainda os empresários Rodrigo Rodrigues, Raquel Franco, Tiago Raiano, João Reis, Catarina Teles, André Neves, Andreia Pavão Santos e Eduardo Bettencourt.

O candidato a Presidente da ATA entende que esta lista “é mais um passo” na estabilidade da associação, que além de estar sob investigação judicial, por alegadas irregularidades de gestão, deixou de ter o Governo Regional e a companhia aérea SATA como parceiros.

Recorde-se que os sócios da ATA aprovaram a 29 de Abril, as contas de 2018, que revelam um valor negativo de 1,5 milhões de euros resultante da gestão da direcção demissionária da instituição, atingindo o passivo total cerca de 13 milhões.

Carlos Morais remeteu explicações para a direcção demissionária, mas salvaguarda que pretende futuramente fazer face a este passivo, se for eleito, na sequência de diálogos com o Governo Regional que pretendem “resolver este e outros assuntos”, com base nas “boas sinergias” existentes entre ambas as partes.

O Governo Regional dos Açores foi um dos sócios fundadores da ATA, tendo- se retirado, entretanto, bem como o grupo SATA, outro dos sócios fundadores. De acordo com Carlos Morais, “está a ser discutido um contrato-programa para fazer face a estas situações e é este documento que neste momento se está a estudar”, declarou. Entretanto, a PJ realizou a 27 de Fevereiro buscas por suspeitas de “fraude para a obtenção de subsídio, peculato, falsificação de documentos e participação económica em negócio” na ATA.

Em comunicado, o Departamento de Investigação Criminal de Ponta Delgada da Polícia Judiciária (PJ) explicou que na operação foram “realizadas, no concelho de Ponta Delgada, cerca de 20 buscas a empresas, residências e viaturas, que permitiram a apreensão de abundantes elementos com interesse probatório, entre os quais documentação contabilística, facturas, contratos, pagamentos, relatórios de execução de projectos, dados informáticos e correio electrónico”.

“Foram constituídos cinco arguidos, entre eles o presidente da instituição em causa […] e uma responsável de departamento, sua familiar, os quais são suspeitos de, articuladamente e em conluio com outras pessoas”, terem “actuado ao longo de vários anos à margem das regras relativas à contratação pública, com vantagens pessoais e para terceiros”, acrescentou a polícia.

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Fonte
Diário dos Açores

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