Açores

Trump poderá tramar o queijo açoriano

O queijo dos Açores poderá ser um dos produtos mais prejudicados na guerra comercial que Trump quer impor à União Europeia.
Como foi amplamente noticiado, a OMC (Organização Mundial do Comércio) autorizou os EUA a impor novas tarifas aduaneiras como retaliação às ajudas da União Europeia à aviação.
Os produtores nacionais começaram já a fazer contas e a antecipar que o sector mais penalizado em Portugal será o agroalimentar, sendo que nas exportações para os EUA o queijo açoriano tem uma quota muita elevada.
“Os lacticínios portugueses são um dos alvos das novas taxas de 25%, o que significa que os queijos serão especialmente afectados porque são a base das nossas exportações para os Estados Unidos”, afirma ao jornal Expresso Maria Cândida Marraquene, Directora-geral da ANIL – Associação Nacional dos Industriais de Lacticínios, certa de que o queijo das ilhas será a principal vítima da ofensiva de Trump.
“O mercado da saudade e os emigrantes nos EUA vão certamente ser penalizados”, acrescenta a dirigente associativa, à espera de exportar 3 milhões de euros em queijo para a América do Norte este ano.
Na fruta, estão em causa pêssegos, cerejas, limões e laranjas, o que leva Domingos Santos, Presidente da FNOP – Federação Nacional das Organizações de Produtores de Fruta e Hortícolas a admitir que os efeitos das novas taxas deverão ser sentidos sim, mas mais de forma indirecta, uma vez que as exportações destes produtos para os EUA “são residuais”, acrescenta ao “Expresso”.
“Se as tarifas se agravam e os produtores europeus perdem capacidade competitiva e mercado nos EUA, acabarão por vir pressionar os destinos em que estamos presentes e, até o próprio mercado nacional”, explica.
Na base do novo foco de tensão comercial entre Europa e EUA está uma disputa de 15 anos relativa aos apoios públicos à francesa Airbus (França)
que a OMC considerou terem penalizado a norte-americana Boeing, pelo que decidiu dar luz verde à Administração Trump para “adotar contramedidas em relação à União Europeia e a certos Estados-membro (…) desde que o valor não exceda os 7,5 mil milhões de dólares (7 mil milhões de euros)”.

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