Região do país com menos farmácias
Os Açores são a região do país com menos farmácias por 100 mil habitantes, de acordo com as “Estatísticas da Saúde” agora divulgadas pelo INE. A agravar a situação, os Açores possuem seis farmácias em risco de encerramento, duas por enfrentarem processos de insolvência e quatro processos de penhora. As seis farmácias em risco de encerramento correspondem a 11,1% das farmácias do arquipélago nesta situação.
Segundo o INE, em 2017, a nível nacional, manteve-se em 28 o número médio de farmácias por 100 mil habitantes. Por região, era a população residente no Alentejo e no Centro que dispunha de um maior número de farmácias, respectivamente 49 e 36 farmácias por 100 mil habitantes.
Na Região Autónoma dos Açores existiam apenas 22 farmácias por 100 mil habitantes. Ainda de acordo com a publicação do INE, a inclusão dos postos farmacêuticos móveis traduziu-se, em média, em mais 2 estabelecimentos farmacêuticos disponíveis por 100 mil habitantes, ou seja, 30 estabelecimentos por 100 mil habitantes no conjunto das farmácias e dos postos farmacêuticos móveis.
Tendo em conta a distribuição geográfica destes serviços móveis, verifica- se que o seu impacto foi particularmente significativo para a população residente na região do Alentejo (11 postos farmacêuticos móveis por 100 mil habitantes) e na Região Autónoma dos Açores (mais de 7 postos por 100 mil habitantes).
Existem nos Açores 54 farmácias, das quais duas enfrentam processos de insolvência e quatro apresentam processos de penhora, conforme confirmou ao nosso jornal o presidente da Associação Nacional das Farmácias, Pedro Cleto Duarte, alertando: “Se não forem tomadas medidas, vai acontecer às farmácias de proximidade o mesmo que já aconteceu, neste século, a muitos outros serviços.
Já fecharam cerca de mil extensões de centros de saúde e mais de 5 mil escolas primárias. As farmácias não deixam de existir, mas para subsistirem terão de ficar mais concentradas nos centros urbanos, longe das populações mais isoladas”.
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