Açores

Presidente da SATA reúne com agentes de viagens no Canadá

“Peço desculpa a cada um de vós; precisamos da vossa ajuda”

A Azores Airlines juntou na última semana vários agentes de viagens no
Hotel Sheraton, em Toronto.O objectivo foi estreitar laços entre a nova administração da companhia açoriana e os parceiros do sector no Canadá.

Na apresentação do plano para apróxima época, a Azores Airlines de-
monstrou estar disponível para criar incentivos para os agentes de viagens,
algo que a companhia aérea açoriana acredita que vai beneficiar ambas as
partes. O novo CEO da empresa começou por pedir desculpas e demonstrou vontade de fazer diferente daqui em diante.

“Quero dizer-vos três coisas. Peço desculpa a cada um de vós, estamos focados no futuro da empresa e precisamos da vossa ajuda. Somos pequenos e temos muito a aprender com vocês”, disse António Luís Teixeira, presidente do Conselho de Administração da Azores Airlines.

A nova equipa da administração do grupo tomou posse há poucos meses e
Teixeira explicou ao Milénio Stadium que quer trabalhar de perto com o mercado da saudade e que está a fazer os possíveis para melhorar as falhas dos serviços. “Viemos conhecer o mercado e os nossos parceiros que nos têm acompanhado nos últimos anos. Queremos fortalecer a nossa posição no Canadá onde estamos representados através da Azores Airlines Vacations Canada Inc., e depois vamos até aos EUA. Temos uma
frota nova e vamos começar a receber os long range em Abril de 2019. O grande objectivo é melhorar a pontualidade e a regularidade dos voos”, avançou o CEO ao nosso jornal. Carlos Botelho, da Azores Airlines
Vacations Canada Inc., está há sete anos no Canadá e defende que estas iniciativas são importantes.

“A nossa confiança nestes encontros é sempre total. Queremos partilhar as
nossas ideias com os agentes de viagens, com os operadores e com os média. Fizemos muitos convites, mas esta altura do ano é sempre complicada”, contou.

Westjet está interessada em voar para Portugal

A Azores Airlines está preparada para a possibilidade da Westjet entrar no mercado e garante que a concorrência é salutar. “Temos de estar preparados para enfrentar a concorrência e vamos consolidar as duas entradas na América do Norte e na Europa. Se formos fortes em Boston, Toronto, Lisboa e Porto acreditamos que temos capacidade suficiente para nos aguentarmos e fazer frente a quaisquer concorrentes que possam vir
a aparecer”, admitiu o novo CEO.

No próximo Verão a companhia aérea açoriana quer aumentar as ligações semanais entre Toronto, São Miguel e Terceira de quatro para seis voos.
O plano inclui ainda voos directos para Lisboa e Porto com uma paragem
em Ponta Delgada. A antiga SATA ainda está a tentar consolidar a nova marca junto das comunidades e esclarece que a Azores Airlines Vacations Canada Inc. não concorre com agentes. Apesar do processo de privatização
de 49% da empresa ter falhado, o novo CEO da companhia aérea açoriana ainda acredita que é possível reestruturar a empresa.
“Apanhei o processo já no final. A privatização falhou porque documentos confidenciais foram tornados públicos. Agora estamos a aguardar as orientações do Governo Regional que é o acionista único da empresa para criar um novo caderno de encargos para os interessados. Se não acreditasse na recuperação não estava a ocupar este cargo”, informou Teixeira.

A Westjet é a segunda maior companhia aérea canadiana e opera no Canadá, nos EUA, Europa, México, América Central e Caraíbas. Se, de facto, a sua entrada vier a acontecer o monopólio da Azores Airlines acaba e a dívida financeira da companhia aérea açoriana poderá agravarse.

Empréstimo bancário em fase final de negociações

No primeiro semestre deste ano, a SATA Internacional, que engloba as
operações da companhia aérea para fora da Região, registou um prejuízo
de 14,5 milhões de euros. A este valor junta-se um resultado líquido negativo de 708 mil euros da

No primeiro semestre deste ano, a SATA Internacional, que engloba as
operações da companhia aérea para fora da Região, registou um prejuízo
de 14,5 milhões de euros. A este valor junta-se um resultado
líquido negativo de 708 mil euros da SATA Air Açores, responsável pelas li-
gações aéreas dentro dos Açores. A administração está a tentar obter
um empréstimo bancário para pagar algumas dívidas mais urgentes.

Apesar de não ter entrado em detalhes, ficámos a saber que o empréstimo poderá estar para breve. “Estamos a negociar com o Deutsche Bank e esperemos que daqui a uma semana e meia o processo esteja concluído”, divulgou o CEO. (O empréstimo já foi fechado. Ler notícia na página 4 desta edição)

Agentes de viagens estão apreensivos
Os agentes de viagens ficam a aguardar pela execução do novo plano
e a administração da Azores Airlines promete dar ouvidos às críticas dos
agentes.

“É muito fácil fazer promessas, cumprir é que é mais difícil. Se, de facto, a Azores Airlines cumprir com o que anunciou hoje aqui os clientes vão fi-
car satisfeitos. Os pedidos de desculpa deveriam ser feitos directamente aos
clientes e não a nós. A Westjet é uma empresa grande e com bons serviços e
se realmente eles conseguirem entrar no mercado e acabar com o monopó-
lio pode ser que os preços diminuam”, referiu Ricardo Viveiros, da Turismo
Travel. “Foi bom conhecer pessoalmente a nova administração da Azores Airlines, foi pena termos cá poucos agentes, mas percebo que alguns ainda estejam magoados pelas más experiências que tiveram no passado. Já assisti à entrada de muitos novos players no mercado e acho que o que tem de mudar é a comunicação entre a empresa e os agentes no Canadá. Para além disso a Azores Airlines Vacations Canada Inc compete directamente com as agências porque qualquer pessoa pode comprar uma passagem lá”, sustentou Nelly Pedro da Gente on Tours.

No final do encontro o Milénio Stadium falou com o responsável pelo de-
partamento das vendas da Azores Airlines, que saiu bastante motivado.

“Saio daqui com muita informação útil. Uma parte importante do meu
trabalho é ouvir as preocupações e agora vou mobilizar a minha equipa
para ir de encontro às necessidades dos nossos clientes. Os agentes são um
grande parceiro porque vendem parte dos bilhetes que são importantes para a nossa operação. Estas críticas não são fáceis de ouvir, mas temos de ser humildes porque só assim é que podemos prestar um serviço melhor aos nossos clientes”, concluiu Ricardo Madruga da Costa.

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