Empresa dos Açores já possui testes rápidos ao coronavírus
Testes rápidos para rastreio presuntivo do Covid 19 já estão no mercado nacional, incluindo nos Açores.
O nosso jornal sabe que, na nossa região, já estão disponíveis estes testes rápidos, através de uma empresa privada e que já é do conhecimento do Governo Regional há vários dias.
Enquanto laboratórios privados de Ponta Delgada já fizeram encomendas, o Governo Regional ainda decidiu se vai ou não utilizar estes testes.
Os testes rápidos, fabricados pela BioCan, empresa da British Columbia, Canadá, estão aprovados pela União Europeia e pelo Infarmed (Declaração n.o 43523) e pela Direcção Geral de Saúde.
Em Portugal já há vários hospitais e a GNR a utilizar estes testes.
Nos últimos dias a própria Directora Geral de Saúde já fez saber que poderá mudar de estratégia, passando para rastreio em massa, como já está a ser praticado noutros países.
Cada teste custa entre dez a doze euros e faz-se com uma simples picada no dedo por um profissional de saúde e não é vendido nas farmácias.
O teste é específico para a detecção qualitativa e diferenciação de anticorpos do novo Covid 19 em amostras de sangue apenas para rastreio preliminar presuntivo.
Casos positivos devem ser confirmados com outros ensaios qualificados.
Os testes chegaram anteontem a uma empresa distribuidora farmacêutica de Ponta Delgada.
Testes em massa
Outros países estão a fazer testes em massa ao novo coronavírus. A estratégia ainda não chegou a Portugal, mas a directora-geral de Saúde admite também fazê-lo.
“Temos em mente também essa estratégia”, respondeu Graça Freitas, em resposta aos jornalistas no ‘briefing’ diário sobre a evolução da pandemia de covid-19, depois de ter sido questionada sobre se a DGS está a ponderar avançar para testes em massa, tal como fizeram outros países, como a Coreia do Sul.
“Os países estão a fazer estratégias diferentes. Estamos a aprender uns com os outros, para perceber qual e a melhor solução”, descreveu a directora-geral de saúde.
No entanto, “a prioridade é testar, nesta fase, pessoas sintomáticas. Se for necessário ainda decidiremos quem são as mais prioritárias e depois testar toda a população com mais risco ou exposta”, assegurou.
A Direcção-Geral de Saúde está “a aprender essa estratégia muito alargada” e a procurar compreender quantas pessoas infectadas pelo novo coronavírus são detectados pelo alargamento dos testes. “E depois vamos adaptando a nossa estratégia conforme o que aprendemos e conforme os testes que temos disponíveis a cada dia”, disse Graça Freitas.
O número de testes “muda diariamente” e a capacidade de os fazer depende do material disponível no mercado. “Portanto, adaptamos a nossa estratégia de acordo com a nossa capacidade”, afirmou.
“Sempre fará o teste quem mais necessite. Se pudermos alargar alargaremos, desde que haja evidência de que essa triagem mais alta resulta”, disse a directora-geral de saúde.
Diário dos Açores
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