Açores

Atentados ambientais em S. Jorge

Os serviços da Direcção Regional do Ambiente retiraram da Fajã da Caldeira de Santo Cristo retiraram 70 bilhas de gás entre os dias 3 e 9 de Maio passado, todas elas deixadas ao abandono nas ruelas da fajã.

Segundo sabe o “Diário dos Açores”, a acção dos serviços do Ambiente seguiu-se a uma queixa de cidadãos daquela ilha, que considera a situação “assustadora”, explicando que “há muita gente que não tem a preocupação de devolver as bilhas de gás” quando as transportam para as fajãs, em situação de campismo ou cozinhados ao ar livre.

Muitas das bilhas já se encontravam em situação de degradação avançada. “Perante a passividade dos distribuidores de gás engarrafado e a falta de civismo que está na base destes abandonos, a Direcção regional do Ambiente realiza com regularidade acções de remoção destas garrafas da Fajã da Caldeira de Santo Cristo, a última das quais havia ocorrido no passado mês de Outubro, abrangendo cerca de 100 garrafas”, esclarece as serviços do Ambiente numa informação em resposta a um cidadão queixoso.

Um outro cidadão queixou-se ao nosso jornal que “é só ver as Moto 4 a irem carregadas para dentro da Fajã (pessoas, materiais de construção, víveres, etc.) e a regressar vazias, quando bem podiam trazer umas garrafas de gás”.

A mesma fonte afirma ao “Diário dos Açores” que “há um placard à entrada do trilho de acesso à Fajã que informa os horários restritos de circulação das Moto 4 no trilho da Fajã (salvo erro de Junho a Setembro). As motas não podem circular no trilho a certas horas do dia. Quem é que está lá para fiscalizar isto?”.

Há quem pense que a situação poderá piorar nos próximos tempos, com a quantidade de pessoas que estão a recuperar casas, sugerindo que os serviços do Ambiente, em conjunto com as autarquias, nomeadamente a Câmara da Calheta, deveriam zelar diariamente pela área, que já é protegida por lei, impedindo a conspurcação da zona, quer no caso das bilhas de gás, quer noutros resíduos que por lá andam.

Mas há mais, dizem as nossas fontes: “Gastaram-se uns bons trocos no Centro de Interpretação da Fajã da Caldeira de Santo Cristo, para estar fechado a maior parte do tempo.

A foto é do dia 1 de Maio, feriado em que estivemos lá, bem como outras 10 a 20 pessoas que fizeram o trilho nesse dia, fora as que já lá estavam alojadas (pessoal do Surf, etc). Veja só o horá- rio ridículo oficial: de 1 de Outubro a 31 de Maio, sábados e domingos, das 10h às 12h e das 13h às 16h, encerrando de segunda a sexta, feriados e domingo de Páscoa. De 1 de Junho a 30 de Setembro, aberto todos os dias das 10h às 12h e das 13h às 17h”.

“Ou seja, na época baixa só se faz turismo ao fim-de-semana. Nos outros dias bate-se com o nariz na por- ta. Belo exemplo…”, criticam as nossas fontes.

Um outro cidadão informou-nos que apresentou, também, uma queixa por uma Caterpilar estar abandonada “toda enferrujada” num terreno mesmo à entrada da Fajã da Caldeira de Santo Cristo (Fajã dos Tijolos).

“Não sei como ela foi lá ter (talvez de barco, pelo trilho não foi de certeza…), mas ainda não recebi respos- ta das entidades a esta queixa. Como deve estar em terreno privado, há-de ficar para lá a degradar-se ainda mais e possivelmente começar a verter oléos, combustível, etc.”, denuncia este leitor do “Diário dos Açores”.

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