Açores

Armadores aflitos sem receber dívida de 350 mil euros da conserveira Santa Catarina

Há armadores açorianos à espera de receber da fábrica de conservas Santa Catarina, da ilha de S. Jorge, cerca de 350 mil euros, alguns com mais de dois anos de atraso.

“Há armadores aflitos, porque precisam do dinheiro para os seus negócios”, apela o responsável pela Associação de Armadores da Ilha do Pico, José António Fernandes, “até porque devem a nós, nós devemos aos outros e por aí fora….”.

“Acho que já é altura da fábrica se chegar à frente”, sublinha o dirigente associativo.

No dia em que esta denúncia é feita, o Governo Regional anunciou que decidiu, em Conselho de Governo na ilha de S. Jorge, avançar com a capitalização da Fábrica de Conservas Santa Catarina no ano de 2020, “no âmbito da reestruturação do Sector Público Empresarial, reforçando a robustez económica e financeira desta empresa, no contexto sócio económico da ilha de São Jorge e no fomento da nossa base económica de exportação”.

O Governo não especificou em quanto vai aumentar o capital, adiantando apenas que, após a concretização da reestruturação da empresa, “que permitiu atingir resultados operacionais positivos, importa consolidar a solidez financeira desta Fábrica de Conservas, reforçando o seu capital social e assegurando a consolidação da sua sustentabilidade”.

Dois milhões de euros para a SINAGA

No mesmo Conselho do Governo em S. Jorge, o Executivo de Vasco Cordeiro decidiu autorizar a celebração de um contrato-programa entre a Região Autónoma dos Açores e a SINAGA, S.A., no montante de dois milhões de euros, “destinado a regular a cooperação entre as partes com vista a assegurar o normal funcionamento da SINAGA, S.A., no âmbito do processo de reestruturação em curso desta empresa”.

2,5 milhões para o SDEA

O Governo regional decidiu ainda autorizar a celebração de um contrato- programa plurianual, por dois anos, entre a Região Autónoma dos Açores e a SDEA – Sociedade para o Desenvolvimento Empresarial dos Açores, EPER, num valor global de cerca de 2,5 milhões de euros, destinado à reabilitação e adaptação da primeira fase prevista no projeto de reabilitação do Bairro Nascer do Sol, no concelho da Praia da Vitória, tendo em vista desenvolver um parque habitacional de apoio a projectos de investimento que visam a dinamização económica da ilha Terceira.

“Na sequência da decisão da Administração dos Estados Unidos da América de reduzir significativamente a sua presença militar e civil na Base das Lajes foram desenvolvidas medidas de mitigação dos impactos dessa redução e de revitalização da economia da ilha Terceira”, lê-se no comunicado governamental.

“Nesse âmbito, o Estado Português autorizou o Governo da Região Autónoma dos Açores a reabilitar uma série de infraestruturas deixadas vagas pelos Estados Unidos na Base das Lajes com a finalidade de afectar esses imóveis a alguns projectos de investimento que visam a dinamização económica da ilha Terceira”, adianta o documento.

Um desses projectos é o Terceira Tech Island, que tem como objectivo criar as condições “para que a ilha Terceira se afirme como centro de empresas tecnológicas, criando para o efeito condições para atrair empresas TIC para a ilha, através da disponibilização de infraestruturas, apoiando a formação e recrutamento de recursos humanos qualificados e oferecendo incentivos financeiros ao investimento”

O projecto Terceira Tech Island inclui, em especial, a disponibilização de instalações para escritórios, bem como de outras infraestruturas relaciona- das com as actividades empresariais, assim como de habitações para os trabalhadores, adjacentes à zona empresarial e de escritório, onde se insere a requalificação do Bairro Nascer do Sol.

Diário dos Açores

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Diário dos Açores

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