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Portugal no Canadá para atrair investimento em lítio

Portugal vê o lítio como uma energia renovável de acumulação de eletricidade e pretende atrair investidores estrangeiros para “potenciar a produção de baterias”, disse à agência Lusa uma fonte do Governo.
“Somos um país que tem reservas de lítio muito consideráveis. Somos dos países do mundo que mais reservas de lítio têm. Estamos a dar conta do nosso potencial, porque o lítio é cada vez mais procurado, precisamente para as baterias, para a mobilidade elétrica, mas também para outros aspetos, como a indústria do vidro”, afirmou o secretário de Estado da Energia.
Jorge Seguro Sanches (na foto) está em Toronto, onde hoje vai participar na Cimeira de Ministros Internacionais de Minas, que reúne mais de 3.800 investidores presentes em 130 países.
Portugal é um dos países líderes mundiais no campo das energias renováveis ao nível da produção de eletricidade, sendo o lítio “uma das matérias-primas que podem potenciar a possibilidade de produção de baterias”.
O lítio é um metal essencial para a produção de baterias, numa altura em que o mundo enfrenta um desafio ambiental e energético sem precedentes.
“Isto também é transversal àquilo que a UE neste momento está a desenvolver, que é uma estratégia europeia paras as baterias. A mais-valia portuguesa, o conhecimento português nas minas, pode ser potenciado numa estratégia mais ampla que tenha a ver com as baterias, que possa criar no nosso país não apenas a recolha e a prospeção e exploração de um recurso, mas que possa significar o futuro do ponto de vista industrial. A criação de uma indústria neste setor”, acrescentou.
O atual período é de transição energética, e cada vez mais a mobilidade vai estar associada a carros elétricos, às baterias, e às baterias de lítio, que cada vez mais “passa do carbono para a mobilidade energética”.
O conjuntura positiva que Portugal atravessa, quer através da “grande confiança dos investidores”, quer do quadro “estável ao nível de políticas, de estabilidade e de segurança”, levam o governante a transmitir uma mensagem de que “Portugal é um país onde vale a pena investir”.
O secretário de Estado da Energia pretende atrair “investidores para o concurso público internacional, que será lançado brevemente”, abrangendo áreas identificadas com reservas de lítio.
“Esta é uma oportunidade para o desenvolvimento em Portugal de um setor industrial ligado à prospeção, numa primeira fase, e depois à extração do recurso, que nos possibilite que tenhamos mais-valias industriais, ao nível daquilo que possa ser este setor no futuro”, sublinhou.
Quanto ao impacto desta indústria, ainda é cedo para avaliar, até porque “esta será uma transição energética”.
“O nosso país não tem [exploração de] petróleo ou de gás natural. É mais fácil optarmos pelos recursos das energias renováveis. Isto é muito coerente. Energias renováveis, eletricidade, lítio, a possibilidade de existência de baterias. É a melhor forma de acumular energia e eletricidade, através das barragens ou das baterias de lítio”, concluiu. Segundo dados da Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG), em 2016, deram entrada 30 pedidos de direitos de prospeção e pesquisa de lítio, como substância mineral principal, correspondendo a um investimento global proposto de cerca de 3,8 milhões de euros.
Os minerais de lítio extraídos em Portugal destinam-se exclusivamente à indústria cerâmica, limitando-se a sua utilização como fundente, mas prevê-se a valorização deste recurso mineral para outros fins.
Lusa

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