Portugal

Descida da emigração e aumento do emprego estão ligados

A emigração portuguesa tem estado a descer, com uma aceleração da descida em 2016, ano em que saíram 100.000 portugueses para o estrangeiro, menos dez mil do que em 2015 e a afastar-se do que foi o valor máximo de saídas neste século, 120.000 em 2013.

“A razão porque está a descer tem a ver com o crescimento do emprego. A subida do emprego e a descida do desemprego equivalem a uma descida da emigração”, adiantou, em conferência de imprensa no Ministério dos Negócios Estrangeiros, o diretor do Observatório da Emigração, Rui Pena Pires.

O responsável sublinhou também que dois dos destinos mais importantes para os portugueses entraram em declínio: o Reino Unido e Angola. “Angola por causa da crise do petróleo e os seus impactos na economia angolana. O Reino Unido porque apanha já metade do período pós Brexit”. A Suíça também regista o fenómeno da “descida muito pronunciada da emigração portuguesa”. “Pela primeira vez no espaço de uma década o stock de emigrantes na Suíça baixou. Estão a aumentar muito os regressos da Suíça”.

Em números, verificaram-se em 2016 menos 42% de entradas de portugueses em Angola, menos 6% no Reino Unido e menos 17,9% na Suíça, como referiu o secretário de Estado das Comunidades, José Luís Carneiro, na conferência.

O que preocupa Rui Pena Pires é que Portugal “é o país com o menor fluxo de imigração na União Europeia”, ou seja, com o menor número de entradas de cidadãos de outros países. Rui Pena Pires relaçou até à situação bizarra que temos: “Mais de 50% dos imigrantes a entrar em Portugal são portugueses que regressam ao país depois de anos a viverem fora”.

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, sublinhou que os naturais de Portugal que vivem no estrangeiro são 2,3 milhões, aos quais se pode acrescentar os que têm nacionalidade portuguesa ou podem vir a ter “filhos e netos de portugueses”, num total de 5.7 milhões de pessoas, segundo as últimas estimativas. “Quando se diz que somos 15 milhões de portugueses em todo o mundo está correto: entre os que residem em Portugal, os que vivem no estrangeiro e os nacionais portugueses no estrangeiro mesmo que não tenham nascido em Portugal”.

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