Ângela Mesquita foi homenageada como líder da comunidade brasileira

A fundadora da Brasil Remittance, Ângela Mesquita, foi premiada como Líder no aniversário de 150 anos da Comunidade de Davenport, no último dia 30 de novembro. Em entrevista exclusiva a esta coluna, Ângela contou porque decidiu vir morar no Canadá, a sua história no país, a emoção de ter recebido o prémio, entre outros assuntos.

Conte um pouco da sua história no Brasil e porque decidiu mudar-se para o Canadá?
Sou mineira, de Governador Valadares. Tinha um excelente emprego como Secretária Executiva da Cenibra Florestal, mas com o falecimento de minha mãe, que era meu porto seguro, fiquei sem chão e usei o Canadá como uma fuga emocional. Larguei tudo e vim-me embora.

Com o que trabalhou no Canadá? E quais os desafios que enfrentou?
O meu primeiro trabalho foi como Cleaner na Metropolitan Toronto Library e tive vários outros empregos. Por ironia do destino, fui trabalhar dentro do escritório da Imigração, mas eu era totalmente ilegal. Morria de medo de nem sair de lá e ficar presa por ser ilegal, mas era preciso vencer todos os obstáculos. O meu maior desafio foi e continua a ser o domínio da língua inglesa.

Quais foram os motivos que a levaram a criar a Brasil Remittance? E, qual foi a chave do sucesso da agência?
Trabalhava em outro escritório do mesmo ramo que foi fechado. Daí, surgiu a necessidade da criação do Brasil Remittance para continuar o trabalho com a comunidade. O nosso lema sempre foi transparência e honestidade. Graças a Deus conquistámos a confiança que é a chave do sucesso.

Na sua visão, o que mudou no Canadá desde que chegou até aos dias atuais em relação ao tratamento dos imigrantes? E quais as dicas que daria a quem quer imigrar para o Canadá?
Mudou muito! Este é o país do imigrante e o Canadá nos dá todo o suporte para isso, porém para aqueles que não querem dececionar-se com os tropeços, aconselho um bom planeamento. Querer é poder!

Para si, qual a importância do prémio?
Não há palavras que possam expressar a minha gratidão. Quando chegámos, não éramos nada. Ser reconhecida como uma pessoa que faz a diferença em uma comunidade, e até mesmo em um país, é uma honra enorme. Um sentimento que define bem é emoção, gratidão e amor por este país que nos acolhe tão bem. Canadá, eu te amo!

By Ziko Pereira / Comunidade Sensacional