Da Canção, ao Fado e à Pintura
Por: Avelino Teixeira
Trouxe do ventre de sua mãe a artisticidade que logo desde os primeiros dias de escola começa a demonstrar e a desenvolver ganhando imediatamente o apoio e encorajamento dos professores que usam seus desenhos como exemplo para outros alunos.
Enquanto estuda artes, música e Teatro, atinge a idade liceal e é aconselhada para frequentar a Central Technnical School onde se forma em Estilização.
Por motivos profissionais e familiares, a pintura é afastada até que decide pintar Camões e Amália Rodrigues dois quadros que são expostos no restaurante Lisboa À Noite, então propriedade de seus pais, que são muito apreciados e vendidos a bom preço. Estava então dado o primeiro passo para a exponencialização de um talento que até então não havia sido seriamente utilizado.
Porque é esposa e mãe, para além da sua profissão, demora três anos a pintar onze quadros em madeira, tela e vidro, com figuras de fadistas que ela, também fadista, muito admira: Amália Rodrigues, Alfredo Marceneiro, Fernando Maurício, Maria Teresa de Noronha, Tony de Matos, Berta Cardoso, Hermínia Silva, Vasco Rafael, duas guitarras e Maria Severa figura mística com quem ela sonha. Os trabalhos denominados “Estrelas Do Fado” encontram-se na Galeria de Almada Negreiros do Consulado Português em Toronto numa exposição que teve o seu início no dia um de setembro deste ano de 2017 com abertura feita por Manuel Sousa em representação Consular tecendo palavras de apreço e incitamento a Soraia Mejdoubi, e a presença de muitos amigos e admiradores aos quais foi servido um variadíssimo e apetitoso serviço de bufete cuidadosamente preparado por Adélia Mejdoubi. A exposição está patente até ao final de sexta-feira, 8 de setembro.
Soraia Mejdoubi muito possivelmente ainda nos vai surpreender uma vez mais este ano com um trabalho discográfico intitulado “Espelho Quebrado” com onze faixas três das quais com fados escritos e musicados por ela própria.
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