Ontário bane “algumas” vendas porta a porta

Entrou em efetividade no dia de ontem, 1 de março, a lei que bane “algumas” das vendas que tanto incomodam os cidadãos no descanso do seu lar. Apesar de a medida estar ainda muito aquém do que é necessário fazer em termos de ofertas e vendas não solicitadas, é de salutar que o poder político comece a alinhar com o desejo dos cidadãos no que toca à melhoria da qualidade de vida, nomeadamente, os supostos momentos de lazer no seu lar.
A legislação que entra agora em vigor bane acima de tudo a venda de fornos para aquecimento, ar condicionados, purificadores do ar, cilindros de aquecimento de água, filtros de água, tratamentos de água e serviços de limpeza de sistemas de ar.
As queixas contra este género de vendas tem subida exponencialmente nos últimos anos, forçando o poder político provincial a tomar medidas drásticas. A título informativo, saiba que se celebrar algum contrato que tenha sido vendido porta a porta e se insira numa dos serviços descritos, tem 10 dias para o cancelar sem ser sujeito a qualquer penalização.
Sendo certo que a medida agradará à grande maioria dos cidadãos da província, pergunta-se porque não há a coragem de ir mais além. Quem não foi já “bombardeado” com chamadas telefónicas que oferecem desde fantásticas viagens à lua com estadia em hotéis dignos de estrelas de Hollywood, ou simplesmente, operadoras de serviços telefónicos que tentam arranjar uma desculpa para poder vender mais um extravagante e serviço, à custa de promoções que a maioria das vezes não faz sequer sentido absolutamente nenhum a quem os ouve?
Apesar de se aplaudir a lei agora em vigor, fica-se sem perceber qual o critério usado para banir a venda porta a porta deste género de serviços e não outros, ou até mesmo o porquê de se banir este género de vendas e não incluir, por exemplo, as vendas por telefone.